Mickey
Rooney partiu. Quando ele fazia o estudante Andy Hardy na série de filmes B da
Metro, a que dava mais dinheiro do que muitas drogas classe A, era o par constante
de Judy Garland, e sucesso até aqui, onde a classe média achava de bom tom
mandar seus filhotes ao cinema para verem as “fitas” e seguir bons exemplos.
Eu detestava
as comedias musicais com Rooney. Via obrigado por minha madrinha que me levava
a encontro dessas drogas. Quando comecei a exibir filme em casa (16mm),
recusava as cópias da série e lembro que só uma exibi um exemplar como
curiosidade pois foi uma descoberta arqueológica do amigo Germano Rodrigues, um
dos cinemaniacos que achei na minha jornada por este caminho. Era “Louco por
Saias” e tinha uma apoteose com centenas de figurantes dançando. Talvez o
exemplar mais caro do grupo. E o fim dele.
Rooney
esteve ótimo em “Deu a Louca no Mundo”(It’s a mad mad mas world), mas ali todo
mundo estava bem (até Spencer Tracy de vilão gaiato). O ator trabalhou até recentemente.
Foi-se aos 92.
Também
se foi José Wilker, um ator brasileiro que dava conta de qualquer papel. O seu
Lorde Cigano marcou “Bye Bye Brazil” de Cacá Diegues. O filme teve uma gestação
multiestadual e levou parte de Belém. Lembro de sua realização por aqui. Wilker
perguntando no Ver o Peso onde era o puteiro da cidade. Quem se fazia de surdo
era o Emanuel Franco que trabalhava no
Centur onde eu estava emprestado da Sespa.
Muitos
astros do cinema passam a figurar em elenco etéreo, do outro lado da vida (se é
que existe espaço para isso). A gente que vê suas imagens e vai continuar vendo
até que os acompanhe, percebe o valor dessa arte. É a imortalização a prazo
fixo. E a saudade homeopática.
Dr. Pedro do Jose Wilker via ficar marcado para mim o Vadinho de Dona Flor e seus dois Maridos e o Antonio Conselheiro d eGuerra de Canudos
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