Vi “Não Aceitamos
Devoluções”(graças ao download).Lembrei o tempo dos cine-boleros quando os
dramas tensos jeitos pelos mexicanos eram pontilhados por canções de Augustin
Lara ou colegas dele. Mas se aqueles filmes eram terríveis, a começar com “Pecadora”
onde se julgava as prostitutas como tuberculosas em potencial, este agora, de
Eugenio Berbez (atuando, co-escrevendo e dirigindo), não força a barra. Chega a
comover na historia do pai que se esforça para criar uma menina deixada em sua
casa como se fosse sua filha. O ator brilha e a sua dedicação, se bem um
trabalho de cinema, ganha um tom menos “boleroso” quando se vê a menina aos 7
anos mandar o pai às favas ao saber que o mundo colorido criado para ela é
ficção (e a mãe aparece). Há surpresa no fim. Tudo, porém, bem conduzido na
linearidade da narrativa.Gostei.
Vi também “A Culpa é das Estrelas”.Outro
melodrama. Mas com um visor médico incomum. Os jovens cancerosos seguem uma
linha viável da patologia. O diabo é a cara do rapaz com osteosarcoma (uma das
piores formas de câncer). Praticamente morre com a cara de surfista. Até
corado. A companheira é que deixa um pouco de verossimilhança. Pena, pois
algumas gotas de realismo fariam bem ao resultado. De qualquer forma, um
programa bem melhor do que ancestrais do tipo “Love Story”.Por sinal que eu fui
rever este filme de Arthur Hiller quando voltei do cinema. Que droga! Nem se
sabe de onde foi o câncer(se é que foi câncer)da mocinha. Simplesmente é
diagnosticada com prognóstico sombrio e morre. Ryan O’Neal chora. Efeito
contaminante pois o espectador deve chorar..de raiva.
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