Deve chegar em
outubro aos nossos cinemas uma nova versão de “A Bela e a Fera” o conto de
Gabrielle-Suzanne Barbot, Dama de Villaneuve ( escrito em 1740) reescrito em 1756 por Jeanne-Marie LePrince de
Beaumont, afinal quem deu a forma como passou a ser conhecido e chegado as
crianças de muitos países em séculos seguintes.
A historia
foi filmadas em 1946 pelo poeta, dramaturgo e artista plástico Jean
Cocteau(1889-1963)com Jean Marais e Josette Day. Vi o filme por volta de 1950
no antigo cinema Independência. E jamais o esqueci. Marais, bichona na vida
real, brilhava quando dizia e a gente decorava: “Belle, toujour Belle, vous ne pas
voyez mon visage, ma belle,,,” ou principalmente, ao sofrer a falta da jovem
que abrigava em seu castelo e deu à ela uma folga para ver a família sem que
ela cumprisse o horário da volta:”Pour de nous la Bette que nous ont souffrir e
mourir...”
A Disney fez
uma animação em 1991 dirigida por Gary Trousdake e Kirk Wise. Ganhou Oscar mas
eu achei muito ruim. Havia até erros de perspectiva nos desenhos e na cena da
dança da Bela com a Fera esta muda de altura a cada plano (ora é mais alta, ora
mais baixa que Bela).
O novo filme,dirigido
por Christophe Gans com roteiro dele e de Sandra Vo-Anh, segue a historia
especificando, apenas, a vida de Bela, ou como ela tinha um namorado etc e tal.Não
aprendi assim o conto de Beaumont e Cocteau desprezou isso. Por sinal que o
ator Vincent Cassel está mal maquilado e é “a cara da Fera”.
O filme tem
uma boa direção de arte, os efeitos digitais mostram personagens novas como um
grupo de animais que parecem esquilos, mas até aí perde para as estatuas que
olham e mexem pescoços no cenário de Cocteau.
Nada que
deixe o encanto que me sensibilizou numa produção que hoje completa 69 anos.A
Fera de Marais é definitiva assim como a bela Bela que era Josette Day. Um
critico francês querendo elogiar o novo filme disse que “agora Cocetau pode
descansar em paz” . Nada a ver.O filme de Cocteau, co-dirigido por René
Clément, era digno de um conto de fadas, Tinha a pureza disso. Hoje, na época dos
truques moldados em computadores, é uma copia. Tudo bem que bem trabalhada, mas
sem fantasia, sem poesia, ganhando apenas do desenho Disney que a mim pelo
menos foi monstruosidade (a ser desprezada pela própria Fera).
Esperem para
conferir na tela grande. Eu felizmente não preciso disso.
desde de que vi o trailer deste filme fiquei encantado, pois a verao que tenho na cabeça e da disney, tomare que venha copias legendadas se vier realmente chegar até nossa capital.
ResponderExcluir