Meu tio
Vavá(Osvaldo Direito) era fã de artistas de cinema. Sua afeição por Douglas
Fairbanks levou-o a registrar meu irmão, ao nascer, como José Maria Douglas
Direito Alvares. E não disse nada a ninguém. No tempo de alistamento militar
esse Douglas deu trabalho para ser apagado. Também gostava do Ramon Novarro. E
evidentemente, como machista, não sabia que Ramon era homossexual. Numa foto
escreveu atrás: “-Não é o Ramon Novarro, é o Doreito”.
Lembrei-me
dele quando vi, agora, “O Ladrão de Bagdad” de Raoul Walsh(1920) com Douglas.
Inferior à versão inglesa de 1941 por Alexander e Zoltan Korda mesmo assim
espanta ao se ver efeitos especiais que se pensa mais novos. O filme vai voltar
ao cinema Olympia, onde estreou na sua época, fazendo agora a Sessão com Musica
do Paulo Melo. Será no dia 8 de setembro.
No tempo
da chamada “cena muda” começou o star-system, ou um modo de comercializar
cinema através dos atores. Valentino, Pola Negri,muitos de Hollywood levavam
pessoas desta Amazônia às salas exibidoras de “fitas”. Rever isso aí é estudar
história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário