Fui
quadrinhista assiduo quando o melhor vinha da King Features Syndicate e se
publicava nas revistas Suplemento Juvenil, Gibi, Globo Juvenil e Lobinho.
Aprendi a ler devorando historias do Mandrake. Mas o que eu gostava mesmo era
do Brick Bradford, do Brucutu e do Ferdinando(L’il Abner). Havia imaginação nas
tramas, e eu lembro de uma historia do Brick (que no Gibi era Dick James)em que
ele e amigos viajavam para o interior de uma moeda de cobre e cada eletro de um
átomo era um planeta a girar em torno do núcleo. William Jerry e Clarence Gray,
autores dos “comics” mostravam isso quando se achava o máximo o modelo atômico de
Rutherford. E Al Capp brincava com o feminismo mostrando o Dia de Maria Cebola quando as mulheres de
Brejo Seco caçavam os homens. Por sinal que Capp tinha uma obra-prima que era
um dia em que o sol não apareceu non horizonte, e outra em que o governo
americano descobriu que Brejo Seco não era do país. Isto porque uma carta de
George Washington aceitando essa terra não foi entregue pelo preguiçoso
carteiro local.
Hoje os
quadrinhos repousam nos super-herois. Mas nos 40 já se lia Super Homem
(Superman) e Homem Morcego(Batman). Nessa época Stan Lee começava. E agora a
sua Marvel domina. Pior é que o cinema que antes buscava nas HQ seus seriados
artesanais hoje gasta milhões em filmes que apenas exibem efeitos de CGI. A
imaginação parece que saiu dos grandes estúdios de Hollywood. Pouca gente bola
argumentos criativos.
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