segunda-feira, 30 de maio de 2016

O Jogo do Dinheiro

                Hollywood ainda não perdeu o gosto do thriller. “O Jogo do Dinheiro”(Money Monster) é da linha que consagrou cineastas como Henry Hathaway em títulos a semelhança de “Horas Intermináveis”(Fourteen Hours/1951). A formula é uma situação critica e o que ela gerou ou pode gerar para uma ou muitas pessoas. No caso deste trabalho dirigido por Jodie Foster e que apesar de ter aberto  o recente Festival de Cannes aqui foi isolado em uma sala do complexo UCI fazendo alternância de copias legendadas e dubladas, pode-se dizer que ninguém se mexe na poltrona durante a projeção.
                A trama gira em torno de um homem que se acha extremamente prejudicado com a perda de suas economias numa aplicação financeira propagada pelo programa de TV apresentado pelo ancora Lee Gates(George Clooney, também produtor do filme). Desesperado este homem, (Jack O’Connel)invade o estúdio onde se processa o programa e ameaça Gates e todos da tecnica não só com um revolver mas com um colete portando uma bomba. Como a transação má sucedida se fez em uma tarde, a diretora do programa,Patty Fend(Julian Roberts) entra em ação para descobrir o que aconteceu na fonte que informou a perda rápida de tantos dólares, chegando a conclusão de que houve interferência na divulgação do que aconteceu na conta estimada.
                Toda a ação se passa no estúdio da TV e uma sequencia nas ruas de Nova York. O objetivo do roteiro de Jamie Lindey,Alan Di Fiore e Jim Koufe é gerar 90 minutos de tensão na plateia do cinema, trabalho que funciona graças a presteza de Jodie Foster, atriz desde criança(“Quando as Metralhadoras Cospem”/Bugsy Malone 1976) e já com experiência na direção(“Mentes que Brilham” por exemplo).
                O suspense é conseguido pela edição ágil e ótimos desempenhos. E apesar do publico estar ciente de que se trata de uma ficção chega a sobrar assunto para uma critica aos investidores nas bolsas a seguir um gênero ora em moda como “A Grande Aposta”.
                O problema é que a ficção extrapola. Como uma pessoa comum pode invadir um estúdio de TV em atividade numa metrópole como NY?. E como a situação espera um resultado no tempo em que se investiga e pune agentes do mercado econômico?.
                Mas o filme não quer se ligar a documento como em alguns exemplares recentes. O objetivo é formular uma ação dinâmica quase em unidade de espaço . Isso é o que se chamava de thriller(aqui suspense). Gol de Foster e de Clonney só que diante da critica. O filme não estreou bem nas bilheterias americanas. Tomara que isso não pese na carreira de tanta gente capaz.




Um comentário:

  1. Pedro,

    O Jogo do Dinheiro é o melhor filme lançado esta semana no circuito comercial. Ainda que trate de temas importantes sob uma perspectiva superficial (Lobo de Wall Street e A Grande Aposta tratam com mais profundidade). Mas, isto não tira o mérito do filme que, como bem colocaste, segura o espectador na poltrona. Neste caso, é importante a dinâmica estabelecida por Foster ao longo dos 90 minutos de projeção. Ela conseguiu fazer desse Thriller um belo espetáculo midiático, como se o show tivesse que continuar. Filme bom.

    Abraços!
    Carlos Lira

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