A formula de “A Culpa é das Estrelas”(The Fault in our
Stars), filme de Josh Boone de um livro de John Green, deu certo, ou seja, deu dólares.
Hoje os filmes românticos não estão mais afeitos a um “happy end” tão agradável aos nossos avós.
Hoje se encerram os melodramas com alfinetadas realistas e é isto que se vê em “Antes
que eu vá” e agora “Tudo e Todas as Coisas”. Nesse tom os enamorados devem
seguir mais de perto o casal de “Love Story” e a intenção é comover a plateia.
O
cinema comercial vive de formulas. Revejam “Barton Fink” e constatem que a indústria
pensa no lucro através do que fez sucesso na mesma fabrica em passado muitas
vezes vizinho no tempo. Em geral o que se vê em telona deriva entre super-herói
que pode ser dos quadrinhos Marvel ou DC e tramas onde o vilão é um terrorista.
Claro que se fala do cinema norte-americano, a ponto dele influir em produtos
de outras plagas. Mas é até por isso bom que se veja os filmes das mostras
Varilux e Européia que estão em Belém neste meio de ano. Da segunda eu gostei
especialmente do representante da Croácia, “O Caminho de Halima”, e acho que o
publico vai gostar ainda mais de “Marie Kroyer”do veterano Bille August(da
Dinamarca). Muito bom também é “Hannah Arendt”, que já esteve aqui, dirigido
por Margarethe Von Trotta sobre a mulher judia que ousou defender argumentos
expostos pelo nazista Adolf Eichman. De um modo geral o extenso programa merece
ser visto. É o remédio para a intoxicação de coisas como a nova versão de “A Múmia”
ou do Rei Arthur ou outras franquias feitas para faturar fácil a partir de quem
vê cinema para não pensar.
Gostei muito de Marie Kroyer.
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