segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Phoenix



                “Phoenix”(a estrear no cinema Olympia) pega a mitologia grega para tratar de uma sobrevivente de um campo de extermínio na época do nazismo alemão, analisando como ela ressurge das cinzas num cenário quase linear,evidenciando o poder da força de vontade.
                Começa o filme vendo-se Nelly (Nin Hoss) numa cama de hospital em Berlim de 1946 com rosto encoberto por bandagens denunciando um corpo queimado sabendo-se apenas que veio de um espaço de torturas do período da 2ª.guerra. A pessoa que cuida dela depois de varias cirurgias subvencionadas por uma entidade judia protetora dos que escaparam dos nazistas, tenta mudar seu estado de espirito, dando-lhe força para superar a imagem que ficou da tragédia. E quando Nelly se recupera ela sai em busca do marido que não vê desde antes de ir para o campo de concentração. Quando acha o personagem ele não a reconhece. O quadro é dramático e é preciso muitos amigos para levantar a moral da mulher.
                O filme dirigido por Christian Petzolt não é daqueles que sucumbe ao formalismo dos festivais. Tratado de forma tradicional consegue emocionar a plateia apesar de não se aprofundar muito no drama dos principais figurantes (especialmente do relacionamento do casal antes do quadro que se vê como atual). Evidencia-se sobremodo o trabalho da veterana Nina Hoss, tentando ir além do esquematismo que o roteiro legou à sua personagem.Nina tem 31 filmes e 17 prêmios no currículo dentre eles “Barbara” e “As Donas da Noite”. Petzolt tem 15 filmes e 30 prêmios (dele “Barbara”). Uma senhora dupla que hoje figura entre os artistas mais expressivos do cinema alemão.
                Procurem ver o filme.




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