Dia de Finados (2/11)
no Mexico é uma data festiva. A concepção da morte ganha diferença do
luto que cobre civilizações diversas. Lembro de dois filmes que trataram disso:
o distante”Macario(Entrevista com a Morte) de Roberto Gavaldón, e o recente “Coco”(Viva
a Vida) do estúdio de animação PIXAR.
Em “Macario”
a morte, em forma de homem, serve a um camponês que passa a tratar as pessoas
enfermas com a ajuda desse homem que aparece na cabeceira do doente afirmando
ou não que aquele corpo está morrendo ou não. Em “Coco” um jovem que deseja
tocar violão e a família não deixa, entra no reino dos mortos, conhece um
violonista famoso (que se revela um tratante) e consegue mudar conceitos.
Também há
uma concepção de morte diferente em “A Morte Cansada”(Der Müde Tod) de Fritz
Lang(1921) onde um ser vivo busca a amada no mundo dos mortos e fica sabendo
pela “regente” deste mundo quem vai ou não morrer. No caso não há festa, apenas
uma concepção poética do fim da vida a lembrar “Orfeu” que no cinema ganhou uma
excelente versão por Jean Cocteau com o seu Jean Marais.
O
cinema realmente venceu a morte. Interpretes de filmes que já se foram do mundo
dos vivos surgem esbeltos em nossas telas quando repassamos seus trabalhos
gravados em imagens bem delineadas. Eu até costumo pesquisar, depois de ver um
filme de certa idade, quem do elenco já não mais está vivo. Há casos
interessantes. Outro dia revi “Quem é o Infiel? de Joseph L. Mankiewicz e dos interpretes
só Kirk Douglas permanece neste mundo, somando 101 anos(fará 102 em dezembro
desde 2018). No caso contei a artista mais nova, Linda Darnell, que morreu cedo(42
anos) num incêndio. Os Lumiére e Edson não devem ter imaginado o quanto fariam
gravando as imagens de pessoas diversas. Revejam agora os candidatos a
defuntos. Quando muitos de nos já se foram eles devem permanecer nos filmes,
bastando para isso que se cuide dos negativos ou diversos tipos de copia
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