Dois galãs dos anos 50/60 decepcionaram as fãs quando descobertos homossexuais: Rock Hudson e Farley Granger. Hudson acabou sendo vitima da AIDS. Só foi ator de verdade em “Seconds”(O Segundo Rosto) e o diretor John Frankenheimmer dizia que procurou filmá-lo bêbado. Já Granger, morto agora aos 85 anos, era bi. Teve caso com lindas mulheres como Ava Gardner, mas vivia com um produtor morto recentemente. Não era muito expressivo, mas fez bons filmes. Eu vi e não me esqueço de “Pacto Sinistro”(Stranger on a Train) de Hitchcock, “Amarga Esperança”(They Live by Night) de Nicholas Ray, “Vida de Minha Vida”(Our Very Own)de David Miller,”Alma em Revolta”(Edge of Doom) de Mark Robson,”Encantamento”(Enchantment) de Irving Reis,”Festim Diabólico(The Rope) de Hitchcock, e “Sedução da Carne”(Senso) de Visconti(tem mais embora seus papéis não fossem muito importantes).
Granger marcou um tempo. Foi rei na RKO de e pós Howard Hughes. Seus filmes eram exibidos em Belém nos finados cinemas Moderno e Independência. Lembro do sucesso de “Vida de Minha Vida”, tanto que a sala que normalmente fazia uma sessão de tarde e duas de noite fez duas de tarde diariamente. A música de Victor Young ajudava. Ann Blyth e Joan Evans disputavam seu coração. O segredo na historia é que uma delas era adotada (sem saber). Ambas ainda vivem: Ann tem 83 anos e Joan tem 77. Não trabalham em cinema desde o século passado. Viveram uma época romântica que os filmes endossavam. Mesmo com as licenças que deram a Ann no inicio de carreira como em “Mildred Pierce”(Alma em Suplicio)onde era a vilã contra Joan Crawford. Mas a imagem que deixou foi a da sereia em “Mr Peabody and the Mermaid”(Ele e a Sereia) e especialmente da namorada que os rapazes dos 50 queriam ter.
Conheci Fraley Granger no western “Roseanna”(Roseanna McCoy) de Irving Reis, Seu 5° filme. Os anteriores eu veria depois em 16mm exceto o “The Rope” de Hitchcock. Foi um dos que fizeram a minha memória de um tempo. Samuel Goldwyn no descobriu e levou-o ao estrelato. Hitchcock gostava dele e o colocou num de seus melhores filmes, como o tenista que era convidado a trocar de crimes com um maluco interpretado pó Robert Walker.Um desses títulos que faz jus ao apelido de clássico . O que nunca fez meu gosto foi o “Senso” de Luchino Visconti que revi agora em DVD e retomei a cotação.
Mais uma estrela que sobe. O cinema de hoje não é de se contar astros brilhantes. Quem chama a atenção é o diretor. E muitas vezes o diretor é um funcionário de estúdio quem manda menos do que um ator. Manhas da fantasia.
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