O sucesso
comercial de “Harry Potter”, de “Senhor dos Anéis”, de “Crepúsculo”e agora de “Jogos
Vorazes” e “Divergente”levou Hollywood a explorar “ad nauseam” os filmes
futuristas encenados e dedicados aos jovens. Isto veio casar com a sanha de fim
de mundo advinda desde o tempo do cinema mudo. Se em “Jogos Vorazes” o resquício
da civilização emprega uma caçada humana vendida pela TV e se em “Divergente’ a
sociedade é dividida em grupos fechados onde cada grupo vive uma especialidade que
afinal é uma fonte de trabalho, o recente “Doador de Memórias” fecha a raia
dizendo que o melhor é esquecer tudo o que se fez e montar um modo de vida
planejado a partir do esquecimento do passado e dos instintos. Agora chega “Maze
Runner” onde um apocalipse mal delineado deixa a juventude numa clareira cercada
por um labirinto onde a moçada deve se aclimatar até que se venha a saber o que
se quer que se faça com ela.
Começa com um
furo: o herói da historia, Thomas(Dylan O’Brien) chega na clareira usando um
elevador. Ninguém mostra onde se encontra este elevador nem quando/como ele
sobe. Sabe-se que sobe, pois acontece a chegada posterior de uma garota
(Patricia Clarkson). Nem se vê qualquer demonstração de curiosidade do bando de
moços que habitam o espaço sobre este modo de chegar ou sair do lugar (só se
acha saída atravessando o labirinto e este é povoado por uma espécie de aranha
gigante).
No fim da
historia, que na verdade é apenas de um capitulo do livro de James Dashner,a informação é de um modo de preservar a humanidade
depois do sol ter virado uma supernova e queimado a terra. Cientistas
sobreviventes falam do assunto, e muitos são vistos mortos, ficando uma
conselheira que aparece em projeção tridimensional.
Desta vez não se culpa o
fim da civilização humana por guerras nucleares. Os enredos de coisas como “Os
Ultimos Cinco”, “A Ultima Esperança da Terra” e semelhantes, vão para
escanteio. Fica um fim de mundo na esteira astronômica e avançado no tempo (e
surge outro furo: a previsão do sol queimar o nosso planeta, certamente quando
virar uma supernova, é de milhões de ano no futuro. Quem dirá que a evolução da
espécie parou nas caras atuais? Ou se ainda haverá gente no planeta?).
Mal desenvolvido, com
desempenhos sofríveis e direção de arte pobre, o filme é muito fraco. E
pior;promete uma continuação. Eu não irei ver. Aliás, ver cinema numa sala
gelada é dose para esquimó. Prefiro atualmente, ver em casa na minha TV. Que se
exiba mais merda como em trailers que passam. E muita coisa dublada, esquecendo
a lei que protege os surdos e a integridade de uma obra de autor.
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