domingo, 21 de setembro de 2014

Um Milhão de Maneiras de Pegar Uma Pistola


      As crianças do século passado, criadas lendo gibi e vendo faroeste B, brincavam de cowboy com o indicador fazendo a vez de pistola. Era engraçado o moleque gritar “camone boi”. Hoje o gênero western saiu das telonas e pouco alcança a telinha. Depois da morte de John Wayne parece que enterraram as ossadas de tanta gente que brigava sem deixar cair o chapéu e não matava bandido(um soco era o bastante para derrubar essa turma).

            “Um Milhão de Maneiras de Pegar uma Pistola” quer ser uma parodia dos mitos do passado. Pega o bonde de um Mel Brooks e até do nosso Carlos Manga (“Matar ou Correr”). Mas se o Manga tinha Oscarito e Brooks tinha Gene Wilder, o diretor de “Ted”, aquele ursinho sacana,só tem ele mesmo, Seth MacFarlane. E quando o mocinho é mal pintado os bandidos, que possam ser, ficam a sós adiante das câmeras (o caso, aqui, de Liam Neeson).

            Seria até um embalo nostálgico ver os heróis e vilões do oeste que extrapolavam a geografia norte-americana,vestidos de palhaços. Mas o filme de hoje é mais uma homenagem do que uma gozação. E como homenagem é tímido, é a cara do tipo vivido pelo diretor.

            Não achei que o filme mereça ir ao cinema. Se fosse para ver em casa, confortavelmente, até que daria para os gastos. Ri bastante de “Ted” mas a irreverência do brinquedo falante de poucos anos atrás não foi para o Monumental Valley onde se fimou “...Pistolas”. Uma pena.

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