Muitas
crianças do meio do século passado amavam a ficção cientifica a partir dos
quadrinhos de muitos anos antes. O Flash Gordon de Alex Raymond era um deles.
Eu gostava que me enroscava (como cantava Sinhô na voz de Mario Reis)do Brick
Bradford de William Gerry e Clarence Gray(no Gibi semanal chamavam de Dick
James). Foram heróis comuns, gente sem superpoder como os que se fantasiavam de
Superhomem ou de Homem Morcego. Mas instigavam a imaginação. Flash, que chegou
ao cinema em 1936 num seriado da Universal,mostrava televisão de mais de 50
polegadas, naves a jato, raio laser, enfim o que a tecnologia ofertou muitos
anos mais tarde. Brick viajava à lua e no tempo, chegando com a sua nave ao
interior de uma moeda, a um átomo de cobre onde se via o núcleo como um sol e
os elétrons como planetas, tudo bem no figurino do modelo atômico de Rutherford(HQ
de 1935!!).
Esses heróis
impulsionaram a criatividade do garoto que queria ser automobilista e mudou de
idéia depois de um desastre. Era George Walton Lucas Jr, o criador de “Star
Wars” talvez a série de filmes mais lucrativa da historia do cinema . E ele também
esteve nos filmes de Indiana Jones, adentrando por outra ciência, no caso a
antropologia.
Há pouco
Lucas vendeu a sua firma para a Disney, Hoje trabalhou mais descansado
financeiramente neste “Guerra nas Estrelas’ que ora chega aos cinemas mundiais.
Meu
gosto pelo gênero não era tão fantasioso nem bélico. Por isso gostava mais de
Bradford. Mas a engenhosidade de Lucas deu ao cinema nova tecnologia, Pena que
em Belém não se veja um seu filme em THX ou tela gigante com som
correspondente. Tudo por um circo onde o espectador é convidado a viajar no
Globo da Morte.
Vou ver
o novo Star Wars e talvez conhecer novos cinemas da cidade.Por sinal que Belém
vai estar na alvorada de 2016 com quase 30 salas de projeção comerciais. Mas a
maioria exibindo os mesmos filmes.
Pedro,
ResponderExcluirSobre as salas de cinema...
Serão 33 salas de cinema no total (13 Moviecom, 14 Cinepolis e 6 UCI), contudo, como bem disseste, muitos exibindo mais do mesmo e, para piorar, quase 90% apelando para a dublagem.
Em pensar que já tivemos bem menos salas e muita diversidade... Vida difícil do cinéfilo mais exigente na nossa maltratada Belém... Mas, vida que segue!
Forte abraço!
Carlos Lira