Há filmes em que o
diretor-roteirista deve apresentar pessoalmente ao publico para explicar o que
ele quis dizer. Ou mostrar. O caso deste “De Canção em Canção”(Song to Song) de
Terrence Malick. O que eu vi foram planos desconexos de Rooney Mara se
esfregando em Michael Fassbender e Ryan Gosling alternados por paisagens de
Austin(Texas), o local das filmagens. Rooney controlaria os dois mas ainda há espaço,
da parte de um deles, para um esfregaço com Natalie Portman e até Cate
Blanchett. Não sei quem deseja quem ou mantenha um romance com quem ao som de
um repertorio musical que eu só penso ser musica pelo cuidado da legenda em
especificar que é isso.
O filme cobra duas horas de
folia formal sem dizer a que veio porque não possui uma historia. É uma
pretensa folia amorosa que nem se dá ao luxo de dizer o que fazem as
personagens na vida boa que levam.
Não gosto desse tipo de cinema
experimental. Detesto Godard e seus acólitos. Terrence Malick que já fez
excelentes filmes, cai nesse tom. Faz cinema de festival e isso quer dizer
filme para publico que adora decifrar charadas
cinematográficas elogiando detalhes que escapam a sensibilidade dos pobres
mortais da plateia (eu no grupo).
“Song to Song” pode até chamar a
atenção dos que aplaudiram musicais modernos como “La La Land”. Mas eles tinham
um fio de meada sustentando acordes. Aqui, na farra de Malick, nada se sustenta.
São planos manuais independentes montados
de forma acronologica . Eu sinceramente
não entendi o que vi. Nem senti, exceto que estava perdendo tempo. Saco!
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