Quem
gosta de ficção cientifica deve comprar a coleção de dvd com a série “Cosmos”
de Carl Sagan. Esta série chegou até nós no fim do século passado e quem viu
alguns episódios na TV, como eu, admirou a facilidade com que o apresentador (e
autor do argumento) via a astronomia e a física de um modo geral, mostrando
como a gente é pequena no universo, como se substancia o pensamento dele (“eu
não quero crer, eu quero entender”).
Se a
ciência ganha espaço popular em “Cosmos” alguns filmes de sci-fi aborrecem como
este “Paralisia” que anda por aí em dvd copiado da faixa Netflix. Ali uma
viagem no tempo leva pessoas do futuro ao nosso ano para tentar abortar uma
guerra nuclear que diminuirá sobremodo a população da Terra. Este assunto já
foi muitas vezes abordado mas desta vez, com os viajantes no tempo tomando
corpos de pessoas atuais, perde-se na absoluta falta de senso do argumento,
abrindo furos por todos os lados no contraste de épocas (ou o quanto se pode
influir no futuro alterando o passado.
Nem
vale a pena decorar nomes de autores (e atores). Tudo é ruim.
Melhor
em DVD é “Ninguém Deseja a Noite”(Nadie Quiere la Noche), biografia fantasiada
da mulher do explorador do polo norte, Robert Peary, chamada Josephine, dama da
classe média alta americana que se mete no gelo em busca do marido que pretende
fincar a bandeira do país no teto do mundo. O filme escrito pelo espanhol Miguel Barros e dirigido pela catalã Isabel
Coixet tem em Juliette Binoche e na fotografia de Jean Claude Larrieux o seu
amparo. Também se salienta a jovem japonesa Rinko Kikushi que faz a esquimó
Allaka, amiga de Josephine a mãe de um filho possivelmente deixado em seu ventre
pelo explorador Robert.
A “cor local” está presente e a narrativa consegue driblar a
monotonia de uma unidade de lugar. O filme não chegou aos cinemas locais, o que
não é de espantar.
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