O filme
“Z, A Cidade Perdida”(The Lost City of Z/ Ingl.2016) passou correndo pelos
circuitos de shopping existentes em Belém. E o curioso é que não agradou ao
grande publico (quem viu afirmou que não gostou);. Na verdade poucos sabiam da
historia do coronel inglês Percy Harrison Fawett que em 1925 sumiu na selva amazônica
com seu filho Jack e um amigo. Eles procuravam uma suposta cidade perdida na
mata e no livro de Davida Grann que deu margem ao roteiro do diretor James Gray
eles acabaram capturados por índios e levados a um sacrifício que a narrativa cinematográfica
não explicita(fica uma reticencia poética).
O mistério
em torno dos Fawcett não terminou quando
a ossada encontrada pelo sertanista Villas Boas que recebeu de índios Kalapalo
ossos de “estrangeiros” não recebeu exame de DNA pela recusa de parentes do
inglês desaparecido (a mulher dele é vista no ultimo plano do filme divagando
pela possível vivencia do marido em uma terra estranha). O filme também se
despede dos Fawcett(pai e filho) quando eles seguem em padiolas, guiados pelos índios
antropófagos para um lugar que não é explicito e está no meio da taba entre
sinais luminosos dos habitantes em uma noite.
Gray
filmou em locais distantes da nossa Amazônia. Mas o espaço não trai a imagem
que a gente conhece. E quem acompanhou a odisseia de Fawcett por jornais e
revistas ao longo dos anos (foram muitas expedições atrás dele) não se sentem
frustrados. Há um cuidado cenográfico muito bom auxiliado por uma fotografia
que capricha na luminosidade parca da selva circundante.
O filme
pode cansar quando detalha a vida de Fawcett antes da aventura que lhe fez sair
da vida (pelo menos da civilizada), mas tudo é necessário. Um trabalho de
folego(mais de 2 horas de projeção) que situa entre os melhores de tema amazônico.
Quem
não chegou a ver o filme nos cinemas (horários compatíveis só em copias
dubladas) ganha chance em dvd. Ressalto o trabalho do ator Charlie Hunnan (de “Filhos
da Esperança”). Não é bem o Fawcett que se viu em fotos de jornais mas dá força
ao personagem.
Um bom
filme de um tema sempre interessante.
Maravilhoso filme sem dúvida tem bom elenco como Tom Holland. É de admirar o profissionalismo deste ator, trabalha muito para se entregar em cada atuação o melhor, sempre supera seus papeis anteriores, o demonstrou em Homem Aranha de Volta ao lar, este Novo Homem Aranha já se converteu em um dos meus preferidos. Espero poder seguir de pertos seus próximos projetos para a evolução do seu trabalho.
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