O paulista José Mojica Marins, conhecido pelo tipo que criou
em seus filmes, Zé do Caixão,mostrou mais irreverencia que terror na maioria
dos seus 62 trabalhos(há um novo em
produção). Na época do governo militar, com a censura golpeando todas as manifestações
artísticas. Zé mostrava um grupo de jovens
usando de uma metralhadora e se ouvia em tom de hino:”...porem se a
pátria amada precisar da macacada ta-ra-ta-ta-ra-ta-ra-tata”(a turma metralhava
os adversários). Também mexia com os
preceitos religiosos do povo focando o tipo comando um churrasco na 6ª Feira
Santa vendo-se por uma janela a seu lado
uma procissão.
Os filmes de Marins eram artesanalmente primários, feitos
com poucos recursos, mas chegaram a ganhar admiradores até no exterior onde o
chamavam de Coffin Joe.
É provável que se veja por aqui um programa dedicado aos
primeiros filmes do Zé(os últimos, infelizmente, foram fracos na medida em que
ganharam mais densidade técnica). Temos fãs do cineasta-ator. Eu nunca fui, mas
aceito sua importância na cinematografia nacional.
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