sexta-feira, 9 de março de 2018

Dia da Mulher


A proposito do Dia da Mulher lembro da minha companheira de muitos anos, pessoa que eu conheci na juventude (dela e minha) e que construímos em mais de meio século uma família que hoje conta com 4 filhas, 10 netos e 1 bisneto.  
Luzia, que eu brinco dizendo ter proclamado a republica ao se casar (tinha Reis no sobrenome e deixou para Alvares da minha laia) , era uma menina de Abaetetuba que veio estudar no Colégio Santa Rosa como interna e que apesar de ter poucos dias disponíveis para encontrar o namorado foi suplantando o obstáculo e fazendo até com que este namorado, muito tímido, viajasse para o seu município, quando de um período de férias, como passageiro de um avião monomotor .
A garota encantou um acadêmico de medicina acabou ganhando seu próprio espaço intelectual fazendo curso universitário quando já era casada e mãe, galgando gradativamente mestrado e doutorado além de, no caminho, exercido o jornalismo.
É a minha querida Luzia que comanda um departamento na UFPa (Gepem) onde se trata de mulher e relação de gênero e em quase  todos os dias estuda nos seus computadores(são  muitos) para multitarefas que abrangem sua profissão.
Às vezes lembramos de como seria a nossa vida sem um momento que iniciou um namoro difícil, muito auxiliado por cartas que enviavamos, um para o outro, de fora e dentro de seu colégio. Sua capacidade intelectual chegou ao ponto de dominar informática antes de mim, que adquiri um primeiro computador. Hoje ela me ensina detalhes do assunto.  Esta capacidade levou-a assumir a critica de cinema (que eu já fazia antes de conhecê-la) mantendo por muitos anos uma coluna na imprensa escrita local. E no ramo chegou a dirigir no Pará o escritório da Embrafilme(Empresa Brasileira de Filme) e na difícil época do governo militar.
Para Maria Luzia Miranda Álvares não existe um só dia dedicado à mulher. Todos os dias são. E não à toa é querida pelas filhas que trouxe ao mundo. Um exemplo de vida que me orgulha por ter acompanhado de perto.
Como dizia o filme de Louis Malle “Viva Maria”, complementando o nome.

2 comentários:

  1. Oi meu amor, muito obrigada por esta homenagem. Você é dos poucos homens de seu tempo que confessa publicamente o seu amor por mim. Beijo Lulu

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  2. Que lindo ser feito deste amor! Obrigada pai e mãe. Meu exemplo!

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