1968 foi um ano importante para a ciência. Em julho a Apollo
11 pousou na lua. Mas o cinema se adiantou e antes desse mês lançou dois clássicos
da ficção cientifica: ”2001 Uma Odisseia no Espaço”e “O Planeta dos Macacos”.O
primeiro filme, vindo de um conto de Arthur C. Clarke , foi dirigido e pode-se
dizer recriado(o texto) por Stanley Kubrick.
O
titulo “2001”não veio por causa do ano. Jamais
se pensou que nesse ano aconteceria a tragédia das torres gêmeas em Nova
York. Kubrick usou o marco do novo século(que ele acabou não vendo surgir pois
morreu antes). Ele fez um inventario do
progresso cientifico a partir da Idade da Pedra. Terminava com uma alusão ao super-homem
de Nietzsche usando como musica o “Assim Falou Zaratrusta” de Strauss, por sua
vez aludindo ao filosofo que pregou a chegada de uma forma de vida superior a
herdar a Terra.
O filme
foi rodado em 70mm e projetado nas salas que exibiam até mesmo o cinerama. Aqui
chegou na edição de 35mm (a normal dos cinemas comerciais antes da projeção digital moderna.) Lembro de uma sessão Cinema
de Arte do Olímpia, num sábado de manhã, lotando a sala. Muitos espectadores
não entenderam o epilogo onde se vislumbrava a formação do novo habitante do
planeta (ele estaria como feto em orbita do “mundo azul” detonando os satélites
com armas nucleares e, depois de esperar passar o efeito radioativo pousar como
o novo dono do solo).
Um
filme além de seu tempo e só atacado pela realidade em usar uma nave da Pan
America(empresa de aviação que desapareceu) .
A
sci-fi cinematográfica nunca mais foi a mesma. Os símios de “O Planeta dos
Macacos” também usaram metáfora inteligente ao rimar o homem que destruiria a vida do semelhante no
planeta com a sua atitude bélica e agente da poluição, à espécie de origem
segundo a Teoria de Darwin. Historia de
Pierre Boulle (autor de “A Ponte do RioKwai”) com direção de Franklin
Schaffner.
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