sábado, 3 de março de 2018

2001 Hoje


1968 foi um ano importante para a ciência. Em julho a Apollo 11 pousou na lua. Mas o cinema se adiantou e antes desse mês lançou dois clássicos da ficção cientifica: ”2001 Uma Odisseia no Espaço”e “O Planeta dos Macacos”.O primeiro filme, vindo de um conto de Arthur C. Clarke , foi dirigido e pode-se dizer recriado(o texto) por Stanley Kubrick.
                O titulo “2001”não veio por causa do ano. Jamais  se pensou que nesse ano aconteceria a tragédia das torres gêmeas em Nova York. Kubrick usou o marco do novo século(que ele acabou não vendo surgir pois morreu antes). Ele  fez um inventario do progresso cientifico a partir da Idade da Pedra. Terminava com uma alusão ao super-homem de Nietzsche usando como musica o “Assim Falou Zaratrusta” de Strauss, por sua vez aludindo ao filosofo que pregou a chegada de uma forma de vida superior a herdar a Terra.
                O filme foi rodado em 70mm e projetado nas salas que exibiam até mesmo o cinerama. Aqui chegou na edição de 35mm (a normal dos cinemas comerciais antes da projeção  digital moderna.) Lembro de uma sessão Cinema de Arte do Olímpia, num sábado de manhã, lotando a sala. Muitos espectadores não entenderam o epilogo onde se vislumbrava a formação do novo habitante do planeta (ele estaria como feto em orbita do “mundo azul” detonando os satélites com armas nucleares e, depois de esperar passar o efeito radioativo pousar como o novo dono do solo).
                Um filme além de seu tempo e só atacado pela realidade em usar uma nave da Pan America(empresa de aviação que desapareceu) .
                A sci-fi cinematográfica nunca mais foi a mesma. Os símios de “O Planeta dos Macacos” também usaram metáfora inteligente ao rimar o homem  que destruiria a vida do semelhante no planeta com a sua atitude bélica e agente da poluição, à espécie de origem segundo a Teoria de Darwin.  Historia de Pierre Boulle (autor de “A Ponte do RioKwai”) com direção de Franklin Schaffner.
               

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