quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Anatomia do Faroeste

A mitologia do western ganha na segunda versão de “Bravura Indômita”(True Grit) uma homenagem. Não é só um glossário dessa mitologia. É uma evocação poética do mundo de vaqueiros valentes, mocinhas destemidas, aridez geográfica, violência e pelo menos duas festejadas espécies animais: o cavalo e o boi.
Jeff Bridges refaz de forma mais palatável o que John Wayne fez 41 anos antes. Seu xerife caolho, bruto e ousado é o superlativo dos heróis cinematográficos do passado, seja dos pudicos e bem engomados como Tim Holt aos pretensamente realistas do “spaghetti”, a fauna dos Django, Ringos, Sartanas e o mais que imitou com o pé na História os personagens de uma parte antiga dos EUA.
A persistente vingadora do pai, adolescente que paga o xerife para matar o matador do seu ente querido, pede passagem no bloco das garotas-prodigios do cinema. Chama-se Hailee Steinfeld. E os diretores Ethan e Joel Coen provam que entendem do gênero (vai ver que em criança brincaram de bang bang).
No meu tempo de vesperais e matinais com seriados e faroestes confesso que vi muita merda de mocinho-versus-bandido para poder ver meus heróis de gibi em aventuras parceladas. Minha praia era a ficção - cientifica. Mas não seria um cinemeiro se não pesquisasse o mito do caubói. Vi de tudo. Aplaudi o velho John Ford fazendon fita no Monumental Valley. Por isso gostei do novo “Grito””(Grit). Tem um pouco de tudo que fez a festa de gente que viu graça no folclore alheio
. Nós da planície amazônica.

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