quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Lembrando o Carequinha

O palhaço Carequinha foi contratado para fazer a propaganda no plebiscito em que se pedia o regime parlamentarista como o ideal para o país (a direita temia que João Goulart como presidente levasse o país ao comunismo). Cantava assim:
“-Eu vou fazer um x
Um xizinho ao lado da palavra não.
Parlamentarismo não, chega de confusão
Eu vou fazer um x, um x ao lado da palavra não .
Hoje não tem mais Carequinha (George Savala Gomes). O ator circense morreu em 2006. Mas tem plebiscito. E o Pará é a vitima. Querem dividi-lo com a criação dos estados de Tapajós e Carajás. Primeira pergunta: quem quer sair é porque se acha suficientemente forte (em termos de meios de produção) para proclamar independência. E assim está porque fez parte do Pará, foi o Pará quem lhe deu esta projeção. Segunda: De que vale se separar além de criar novos cargos políticos, contentando carreiristas dessa área? Terceira: quando o país se gaba de fugir da crise econômica mundial, e já agora está engolindo a vaidade com as quedas sucessivas da bolsa e o dólar ganhando alturas, que rombo patrocinará novos estados?Pensem no que se vai gastar com novos governadores,deputados, senadores, serviçais desse pessoal, e os gastos recorrentes dessas novas fontes de despesa ? Enfim, pensem no quanto se vai pagar por uma vaidade. Quando se mendiga verbas para a Saúde, o que vai acontecer com o separatismo é a encruzilhada para novos impostos (ou aumento de alíquotas dos que já existem).
Carequinha cantaria outra vez o NÃO. Mas sem fazer graça. A pretensão política é por demais dramática. Ficaria melhor o Zé do Caixão cantando o sim.

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