terça-feira, 6 de setembro de 2011

Prêmio Pinocchio

Cinema é mesmo a mentira 24 vezes por segundo. Vejam “Apollo 18”. A NASA jura que o vôo foi interrompido no chão. Mas os produtores do filme que leva o nome da que seria a exploração da cratera Copérnico na lua, mostram que ele existiu e que os astronautas morreram (não só os dois que pousaram no satélite, mas o que ficou em orbita aguardando por eles). Teria, um dos rapazes que andaram no solo lunar, sido infectado por uma pedra, ou um vírus ou uma bactéria que estivesse incrustada nessa pedra. Por sinal que os moços acham o corpo de um russo na borda da cratera objetivada. E daí em diante um deles sente formigamento no corpo, volta à sua nave e o amigo descobre uma pequena pedra incrustada numa ferida (que não sabe como ela surgiu já que a roupa de astronauta é vedada sob pena de chegar a explodir se furada na zona sem atmosfera e com baixa pressão).
A ordem de voltar correndo para casa, dada a quem está em orbita, sacrifica os que estão no solo ou tentam voltar para acoplagem. A coisa é tão bizarra que a sonda de volta choca-se com a nave mãe. Todo mundo vai para o céu de corpo presente.
Igual às lorotas de “A Bruxa de Blair”, “Atividades Paranormais” e/ou “Rec”, há detalhes “técnicos” da ação ditos a guisa de depoimentos tomados por tele-reporteres. Não sei como a NASA viu o filme. Se os defuntos da Apollo 18 não existiram, ou se existiram foram vitimas de outros acidentes (sem que se lhes resgatasse os corpos) faltou explicação oficial. E o filme vai além, dizendo que as pedras trazidas da lua por outras missões podem conter esse microorganismo malévolo seriam, no caso, “presentes de grego”a tantos governos que receberam a relíquia(inclusive o nosso- eu vi uma dessas pedras em exposição no Teatro da Paz).
Uma coisa é certa. O diretor espanhol Gozalo Lopez Gallego, soube mentir. Sua narrativa em ritmo de documentário é capaz de entusiasmar platéias. Uma edição marota e uma fotografia grosseira fazem da conta uma realidade. E se alguém pergunta quem filmou os 2 astronautas na lua se só estavam os dois, outro absurdo cabe no fato de todos os filmes terem se evaporado no choque das naves. Mas é a tal coisa: quem filmou os fantasmas de “A Casa”? Como não saiu velado o filme dos amadores que registraram a bruxa (de Blair)? Como eu disse, cinema é mentira. O público gosta de ouvir/ver mentiras bem contadas. Na minha sessão de “Apollo 18”, ninguém abandonou a sala pelo meio da projeção. E deve ter saído praguejando contra os “assassinos” que não se importaram com os jovens viajantes do espaço.

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