Quando eu era adolescente li “O Amantes de Lady Chaterley” pela proibição que cercava esta obra de D.H. Lawrence. Foi um tempo em que a garotada consumia escondida os volumes que davam sopa nas bibliotecas dos mais velhos. Tempo em que li, também, “Filosofia na Alcova” de Sade(o Marquês) e outros volumes de autores diversos que pareciam demônios para os pudicos educadores desse tempo. Mas o caso de “Lady Chaterley”foi engraçado: não vi, como meus colegas não viram, qualquer demonstração de sacanagem. Foi o começo de minha critica ao índex que não era só da igreja mas da geração anterior que gostava de rotular qualquer desvio de comportamento como matéria proibida.
Hoje eu vejo um teleplay chamado "Casos de Paixão",sobre o idílio de Lawrence e Frieda Weekley. Ela era aristocrata de bem casada, com três filhos que logo simpatizaram com o escritor. O filme dirigido por Peter Barber Fleming de um roteiro de Alan Plater (não é Parker) limita-se ao inicio do relacionamento do casal. Termina com Lawrence festejando a união adultera. E desdobra o assunto em 3 “atos”. Muito para a TV, mas pouco cinema. Vale principalmente por Kenneth Baranagh e Helen Mirren. Eles fazem o duo amoroso e sabem fazer cinema sem abandonar a origem teatral.
Pena é que os realizadores diminuam o escritor/poeta em poucas linhas. Não citam Lady Chaterley como nenhuma das obras mais conhecidas de D. H. Isto seria matéria para outro tipo de filme. Que eu não sei se fizeram. De qualquer forma achei interessante este “trailler” de Lawrence que eu comprei numa loja escondido entre títulos comerciais. Não sabia se existia. Não perco a mania de pescar cinema. Ainda bem.
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