Revi a pouco, em DVD, “Casei-me com um Monstro”(I Married a Monster from Outher Space/EUA,1958). No roteiro de Louis Viter um noivo é assediado por um et que lhe rouba a forma física. Quem vai casar é o et. E naturalmente a noiva sente a diferença. Mas consegue viver um ano com este “impostor”. Chateada porque não engravida procura um médico amigo. Nada contra seus ovários e hormônios. Pede a visita do marido. Este promete e não vai. E outras pessoas da pequena cidade onde mora o casal começam a “mudar”. O et casado que tem confiança na mulher abre o jogo:o planeta dele está condenado pois sua estrela esfria. Perderam as mulheres. Querem inseminar outras em outros mundos. Escolheram a Terra.
O fim da história é a descoberta da nave espacial onde estão os corpos dos que foram “copiados” pelos viajantes do espaço. É só desligar a máquina que mantém as matrizes dessas cópias adormecidas para que as tais cópias literalmente dissolvam. O final é o verdadeiro noivo da mocinha (não posso dizer marido pois ele não chegou a casar com ela) abraçado à sua eleita e vendo o circo, digo, o alienígena, pegar fogo.
Um detalhe interessante: a mulher já estava gostando do cópia e ele dela. Diz num momento: “No meu mundo sexo era para procriar, aqui aprendi que existe amor”.
Bem, dois anos antes deste filme dirigido por Gene Fowler Jr fizeram “Vampiros de Alnmas”(Invasion of Body Sntachers/EUA,1956) dirigido por Don Siegel. Ali, em roteiro de Daniel Mainwaring, Jack Finney e Richard Collins, os ETs chegavam em vagens “caídas do céu” e substituíam os corpos das pessoas. Eram iguais, mas sem sentimentos. E quando o filme termina eles prosseguem. O mocinho fica berrando que eles estão por aí. Coisa da guerra fria, do maccarthismo, do medo de uma sociedade hegemônica pregada pelo comunismo.
“Casei-me com um Monstro...” corre por outra linha. É uma história, parecida com a de “Vampiros...”, mas tem a coragem de falar de amor. Os vilões não são malvados, são carentes, Não matam e deixam penas quando morrem. O pior: só cachorro consegue matá-los. Como chamar os pupilos de Joe McCarthy, o senador americano que via comuna debaixo da cama, como comida de au au.
Pena que o filme de Fowler Jr, um legitimo B de uma época, não tenha saído em DVD no Brasil. Vi uma cópia do TCM gravada pelo Paulo Tardin (RJ). Já tinha visto o filme no finado Cine Nazaré em raro lançamento de produção modesta em sala de blockbuster. Valeria rever. Se não dá para rir nem para chorar dá para pensar.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
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