quarta-feira, 22 de maio de 2013

Gilda Hayworth

Gilda,o filme, foi um mito em dois tempos: como realização cinematográfica, seguindo de perto “Casablanca”,o equivalente da Warner, e como atriz-mulher, Rita Hayworth. Coube à Columbia de Harry Cohn construir a coisa. Rita dançando como a Gilda de cabaré, tira as luvas com uma sensualidade que lembrava o strip-tease tradicional, ou seja, a roupa toda. Na época a censura Hayes estrilava. Mas não podia reclamar: Gilda só tirava as luvas. Mas dança e canto (o canto dublado) como “Amore Mio”, ouriçava. O filme tinha um enredo bobo, e pôs até George Mccready como um arremedo do Conrad Veidt que Bogart mata no fim de “Casablanca”. Aqui o alemão é presa do jogador americano protagonizado por Glenn Ford. Ele quer a sua Gilda como o outro também quer. E a Columbia vendia o slogan de que não havia nenhuma mulher igual à ela. Tanto que no avião que atirou a bomba atômica no atol de Bikini estava Rita/Gilda pintada como aparecia na dança erótica. Nada mais afinado. Rita faria absurdos no cinema, entre eles uma Salomé que ao invés de pedir a cabeça de João Batista pedia o contrário, que Herodes poupasse o depois santo. E comm uma dança de véus a lembrar as odaliscas da Universal tipo Maria Montez. Casada com Orson Welles depois de “Gilda” foi como um peixe no deserto. Durou pouco, Mesmo assim o criador de Kane a botou como a mocinha de um seu filme, “A Dama de Shangai (1947). Engraçado é que Welles achou o filme uma bosta e escondeu seu nome do credito de diretor. Fez para Rita. Sem nada a ver com a Gilda erótica. No fim de carreira e vida veio o Mal de Alzheimmer. Esqueceu a gloria. Mas nos anos 70 o mundo era outro, não havia mais Código Hays e muitas mulheres disputavam o trono de Gilda. E sim, tiravam mais que luvas.

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