terça-feira, 14 de maio de 2013

Reliquias de Cinema

Não conhecia “Emile Zola” de William Dieterle o dono do Oscar de 1937. Foi a primeira cinebiografia de uma série da Warner. Vi agora em DVD. Pareceu-me a mais interessante do grupo que tem “A Historia de Louis Pasteur” e “Edson, O Mago da Luz”. Paul Muni faz de forma apaixonada o escritor de “Nana”. O filme passa voando pela carreira de Zola como romancista e se detém na luta que ele assumiu no caso Dreyfuss, advogando a inocência do militar condenado por arranjo dos colegas (e superiores) para salvaguardar a moral do exército. Nesse ato o roteiro imprime suspense e faz uma das mais empolgantes sequencias de tribunal. Mesmo sabendo como foi a historia a gente torce pelo escritor virado réu. O DVD traz o cinema que até os cinéfilos como eu deixaram passar. Tenho uma lista de filmes que gostaria de rever (e neste caso é rever) e ando procurando sem êxito. Não achei janela para download nem aval de colecionadores como o Paulo Tardin(RJ) e Ariana66(SP). Mas um dia essas relíquias (re) aparecem. Martin Scorsese salvou muitos filmes da pena de morte. Aqui no Brasil, infelizmente, não houve quem salvasse muita coisa. Lembro-me de como o cineasta Sylvio Back constatou esse drama ouvindo a viúva de Moacyr Fenelon o fundador da Atlântida. Quase tudo que ele filmou não mais existe.Por sinal que eu gravei o “canto de cisne”desse diretor: “Tudo Azul”(1951). É um titulo que pode ser até baixado pelos internautas. O resto se foi como chanchadas e dramas. Cinema é a arte que resiste à morte. Os atores de há muito viraram pó, mas ainda são vistos ativos e falantes. Um crime que os matem de vez caçando suas imagens. Por isso eu sempre bato palmas às relíquias que surgem em discos digitais. É a chance de a nova geração conhecer historia do cinema.E a de veterano aliviarem a saudade.

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