Carlo Collodi escreveu a historia do boneco que virava “menino
de verdade “por graça de uma fada. Pinocchio foi imortalizado na animação de
Walt Disney . Hoje quando surge Chappie, o robô que pensa e age, muitos esquecem
que já teve irmãos além do títere de Collodi. Vem logo a mente Robocop. Mas
ainda soma-se AI, que Kubrick escreveu e Spielberg dirigiu, e o próprio HAL também
de Kubrick que pensou demais em “2001 Uma Odisseia no Espaço”.
O robô pensante de agora, criado pelo cineasta
sul-africano Neil Blomkamp, não só pensa
e fala como chega a transformar uma garota cadáver, a quem ele prezava(ou
amava)em robô como ele. A ideia, por não ser nova, pediria do cinema uma
substancia que fugiria do figurino de Hollywood. Blomkamp que não faturou bem
com “Elysium”, seu filme anterior,achando que deveria botar o seu robô-gente em
luta contra bandidos que também usam, ou são, robôs. “Ficou um filme
“robotizado”“, ou seja, sem consistência intelectual. Seria até poético se a
lata falante demonstrasse amor e como um Orfeu cibernético tirasse a sua Eurídice
do limbo. Mas a coisa é tão mecânica, tão cheia de CGI a deixar ver batalhas
como qualquer blockbuster da Marvel, que escapa de uma apreciação humana. É,
portanto, um filme robô, como se no tempo da película se projetasse a lata ao
invés do celuloide.
Ver “Chappie”no cinema,com todo o desconforto de pegar fila
para um ingresso em sala nem sempre disponível, é perda de tempo. Eu vi em
casa, em vídeo. E custei a aturar sem mexer no botão que acelera os capítulos...
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