segunda-feira, 20 de abril de 2015

Chappie


Carlo Collodi escreveu a historia do boneco que virava “menino de verdade “por graça de uma fada. Pinocchio foi imortalizado na animação de Walt Disney . Hoje quando surge Chappie, o robô que pensa e age, muitos esquecem que já teve irmãos além do títere de Collodi. Vem logo a mente Robocop. Mas ainda soma-se AI, que Kubrick escreveu e Spielberg dirigiu, e o próprio HAL também de Kubrick que pensou demais em “2001 Uma Odisseia no Espaço”.

O robô pensante de agora, criado pelo cineasta sul-africano  Neil Blomkamp, não só pensa e fala como chega a transformar uma garota cadáver, a quem ele prezava(ou amava)em robô como ele. A ideia, por não ser nova, pediria do cinema uma substancia que fugiria do figurino de Hollywood. Blomkamp que não faturou bem com “Elysium”, seu filme anterior,achando que deveria botar o seu robô-gente em luta contra bandidos que também usam, ou são, robôs. “Ficou um filme “robotizado”“, ou seja, sem consistência intelectual. Seria até poético se a lata falante demonstrasse amor e como um Orfeu cibernético tirasse a sua Eurídice do limbo. Mas a coisa é tão mecânica, tão cheia de CGI a deixar ver batalhas como qualquer blockbuster da Marvel, que escapa de uma apreciação humana. É, portanto, um filme robô, como se no tempo da película se projetasse a lata ao invés do celuloide.

Ver “Chappie”no cinema,com todo o desconforto de pegar fila para um ingresso em sala nem sempre disponível, é perda de tempo. Eu vi em casa, em vídeo. E custei a aturar sem mexer no botão que acelera os capítulos...

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