Se não me
engano foi do então senador Jarbas Passarinho a lei que obriga legendas em
filmes, mesmo os nacionais. Protegia os deficientes auditivos. E certamente, no
caso do filme estrangeiro, faz justiça à obra de um autor (ou de uma equipe produtora).
Preso à
dublagem perde-se falas que são básicas em narrativas cinematográficas. Dou um
exemplo. Quem sabe inglês percebe que diabos significa “fuckn’you”. Na legenda
resta “Vá se ferrar”.
A
proposito: saiu em DVD uma copia de “O Vale das Bonecas”(Valley of Dolls).Foi
um dos primeiros filmes americanos a usar o chamado “palavrão”. Mas o filme,
como o romance de onde ele veio, foi uma merda.Mark Robson fez o que mandou
Darryl Zanuck, manda-chuva da Fox. Curioso no DVD atual é o bônus que mostra os
bastidores da produção. Conta como os atores se digladiaram. Dá para lembrar as
fofocas que a revista Cinelândia imprimia nos idos de 60. Sabe-se que a infortunada Sharon Tate, afinal
a mulher de Roman Polanki assassinada perto de parir, era a mais comportada do
elenco.
Quem
gosta de cinema curte curiosidades em torno da indústria. Claro que tudo é
arte. Besteira quando, no filme ora reapresentado, se fala em “filme artístico”.
Mas assim é que se dividiam os programas: sessão para se pensar, sessão para se
esquecer(e se dizia esquecer s problemas do cotidiano). Um tempo.
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