segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Dublagem e Bobagem


               Se não me engano foi do então senador Jarbas Passarinho a lei que obriga legendas em filmes, mesmo os nacionais. Protegia os deficientes auditivos. E certamente, no caso do filme estrangeiro, faz justiça à obra de um autor (ou de uma equipe produtora).

               Preso à dublagem perde-se falas que são básicas em narrativas cinematográficas. Dou um exemplo. Quem sabe inglês percebe que diabos significa “fuckn’you”. Na legenda resta “Vá se ferrar”.

               A proposito: saiu em DVD uma copia de “O Vale das Bonecas”(Valley of Dolls).Foi um dos primeiros filmes americanos a usar o chamado “palavrão”. Mas o filme, como o romance de onde ele veio, foi uma merda.Mark Robson fez o que mandou Darryl Zanuck, manda-chuva da Fox. Curioso no DVD atual é o bônus que mostra os bastidores da produção. Conta como os atores se digladiaram. Dá para lembrar as fofocas que a revista Cinelândia imprimia nos idos de 60.  Sabe-se que a infortunada Sharon Tate, afinal a mulher de Roman Polanki assassinada perto de parir, era a mais comportada do elenco.

               Quem gosta de cinema curte curiosidades em torno da indústria. Claro que tudo é arte. Besteira quando, no filme ora reapresentado, se fala em “filme artístico”. Mas assim é que se dividiam os programas: sessão para se pensar, sessão para se esquecer(e se dizia esquecer s problemas do cotidiano). Um tempo.

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