sábado, 24 de outubro de 2015

Suspense sul-coreano


               Há pouco tempo eu vi um filme em que um policial, saído de uma comemoração quando bebeu além  da conta, atropela e mata uma criança e finge que encontrou o menino morto sem saber quem foi o atropelador. Agora  vejo este “Dia Difícil”( "Kkeut-kka-ji-gan-da­) produção sul-coreana de Kim Seong-hun com o mesmo gancho de argumento e daí partindo para soluções originais como o fato do atropelador, também policia, colocar o corpo do atropelado dentro do caixão de sua mãe e passar a lutar com quem diz que viu o acidente e ainda com colegas corruptos.

            O filme é um dínamo, com uma edição que não perde o folego. Vejo como síntese desse artesanato a sequencia em que o personagem, chamado Go (Lee Sun-kyun) , abre o caixão da mãe para inserir o corpo de sua vitima. O caixão já estava fechado e ele luta para desaparafusar a tampa sabendo que o tempo pedido para cultuar a morta é exíguo. Por sinal que ele tampa a câmera de segurança do aposento com balões que diz haver comprado para a filha. Mais: o morto era bandido e com ele está uma chave que abre um tesouro de traficantes.

            Penso que o roteiro só peca no final quando acelera as informações com novos detalhes. Mesmo assim o filme é um “thirller”competente, Gol do cinema da Coréia do Sul, naturalmente esquecido dos cinemas comerciais de Belém.

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