Há pouco
tempo eu vi um filme em que um policial, saído de uma comemoração quando bebeu
além da conta, atropela e mata uma
criança e finge que encontrou o menino morto sem saber quem foi o atropelador.
Agora vejo este “Dia Difícil”(
"Kkeut-kka-ji-gan-da) produção sul-coreana de Kim Seong-hun com o mesmo
gancho de argumento e daí partindo para soluções originais como o fato do
atropelador, também policia, colocar o corpo do atropelado dentro do caixão de
sua mãe e passar a lutar com quem diz que viu o acidente e ainda com colegas
corruptos.
O
filme é um dínamo, com uma edição que não perde o folego. Vejo como síntese desse
artesanato a sequencia em que o personagem, chamado Go (Lee Sun-kyun) , abre o
caixão da mãe para inserir o corpo de sua vitima. O caixão já estava fechado e
ele luta para desaparafusar a tampa sabendo que o tempo pedido para cultuar a
morta é exíguo. Por sinal que ele tampa a câmera de segurança do aposento com
balões que diz haver comprado para a filha. Mais: o morto era bandido e com ele
está uma chave que abre um tesouro de traficantes.
Penso
que o roteiro só peca no final quando acelera as informações com novos detalhes.
Mesmo assim o filme é um “thirller”competente, Gol do cinema da Coréia do Sul,
naturalmente esquecido dos cinemas comerciais de Belém.
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