Nas
locadoras o filme “O Planeta Vermelho”(Last Days on Mars/2013) de Ruairi
Robinson. Corajosamente o roteiro de Clive Dawson com base num conto de Sidney
J.Bounds ataca o que já se viu muitas vezes. Marte em cinema já foi visitado e
eu lembro essas visitas desde a década de 50 quando Llloyd Bridges(pai de Jeff
e Beau) acabou indo bater por la quando sua nave, Rocktship XM, desviou-se da
lua( no Brasil o filme se chamou “Da Terra a Lua” e eu pensei que tinha a ver
com H.G.Wells ou Jules Verne). Daí em diante aconteceu de tudo no solo
marciano. O pior foi quando ouviram de lá de longe o Sermão da Montanha. Em “O
Planeta Vermelho” de original realmente “Red Planet Mars”,Peter Graves como
Chris Cronyn ouvia a mensagem cristã e o filme do diretor Henrich Horner(1910-1994)
então estreante, ganhava as bênçãos do senador McCarthy, o regente da “caça aos
comunistas”. Engraçado é que a mensagem provocava uma nova revolução em
Moscou...
Marte
foi visitado por muitos cineastas responsáveis, mas Tim Burton deu uma dimensão
gaiata aos marcianos que caberia muito bem no bando de besteiras feitas em nome
do planeta vizinho(relativamente). Em “Marte Ataca!” os ets malvados só perdiam
a parada quando ouviam uma daquelas operetas que nas telas serviam à voz de
Jeanette MacDonald.
Agorinha
mesmo Ridley Scott foi ao “vermelhinho” com “Perdido em Marte”(The Martian). Ganhou
o fato de ser um dos poucos filmes do gênero a estremecer as bilheterias.
Dizia-se na indústria do cinema que Marte dava azar. Scott quebrou esse tabu.
Seu filme é bem interessante e corta essa de vilão marciano. Coisa que “O
Planeta Vermelho” repisa, mas na forma de micro-organismo. Uma bactéria achada
no solo contamina os pesquisadores terrestres e de um grupo numeroso só um
escapa com vida mesmo assim, falando em
sua nave próxima à estação orbital que o levaria de volta à casa , que poderia
estar contaminado e que, sem combustível e bateria estava condenado a ficar orbitando
ate que lhe pegassem de algum modo.
O filme
que por aqui em cinema não chegou é interessante apesar de alguns chavões. Pelo
menos respeita a topografia do planeta como se sabe pela ciência e alerta para
um fato que não está isento de ser real. Interessante até por se eximir de um
tipo de roteiro que via no solo marciano resquícios de uma civilização a dizer
que nós, terrestres, viemos de lá quando os habitantes destruíram o ambiente
com as mesmas ermas que estamos a destruir o nosso(tema de um dos filmes do
tipo).
Quem
acompanha as “marcianatas” que veja o trabalho ora em DVD. Reparem que eu
escrevo “marcianatas”. Marcianita era um rock primitivo que por aqui fez
sucesso na voz de Sergio Murilo. Otimista pacas ele dizia que “nos anos 70
seriamos felizes os dois”(ele e a garota de Marte). Afinal em 68 estávamos no
solo lunar e do jeito que estava a guerra fria era viável ganhar pontos mais
adiante no espaço.
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