segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

O Pequeno Principe


O livro das misses ganhou um filme em stop-motion do diretor de “Kung Fu Panda”, o norte-americano de New Jersey Mark Osborn. Eu li o que ecreveu Antoine de Saint-Exupéry e admirei ainda mais quando li também, do mesmo autor, “Correio sul” e “Vento Noturno”(Vol de Nuit). Piloto do correio francês, soube jogar poesia nas suas viagens solitárias por céus pouco navegados. Era um piloto-poeta, ligando bem a passagem aérea pela maravilha de estar acima do insensato mundo. E morreu numa dessas viagens, com o seu avião caído no mar, deixando-o com aquela imagem igualmente poética de que simplesmente sumiu.

                O novo filme é pretensioso ao colocar a historia do pequeno herói de um asteroide descoberto por uma menina moderna que oprimida em casa sente-se viajando pelas estrelas através das narrativas de um vizinho idoso(seria o próprio Exupéry se escapado do desastre que o levou desta vida).Ela conheceria e ajudaria o Pequeno Príncipe assumindo a ideia do velho poeta que achou no deserto terrestre o símbolo de uma infância perene.

                Não creio que o novo Príncipe chegue à garotada moderna vidrada em videogame e apressada como manda a vida atual. Mas é um trabalho interessante conjugando os elementos poéticos do texto francês com imagens bem iluminadas e expostas na técnica de desenhar por sobre modelos humanos. Talvez um resultado um pouco longo e mal fechado, mas acima da média do gênero. Muito melhor do que os filmes anteriores do seu diretor.

4 comentários:

  1. Pedro,

    Tive o prazer de assistir a este novo Pequeno Príncipe, com minha mulher e meus dois filhos, no cinema.

    Eles adoraram!

    Assisti ao filme dublado, por questão de disponibilidade e, principalmente, pelo fato dos meus filhos ainda estarem iniciando o processo de alfabetização.

    Sobre a animação em si, destaca-se as técnicas utilizadas. Belíssimas e muito bem acabadas. Elas deram a animação um belo aspecto artístico, de modo especial, os momentos que mostravam a história do livro.

    Por sinal, o ponto fraco do filme está justamente na força da história do livro, pois, ao optar por contar o filme a partir de três histórias, acabamos por nos aproximarmos mais de uma, no caso, aquela que tem mais força e proximidade (a do livro).

    Por sinal, você tocou num ponto extremamente importante, o desfecho do filme é "pífio" quando olhamos para o filme como um todo, pois, ainda que a história do Pequeno Príncipe seja a mais interessante da animação, pode-se dizer tranquilamente que a história da pequena com o "velho" é excutada a contento (sem ter a beleza de UP: altas aventuras), contudo, a terceira história (que leva ao desfecho) é fraca e, meio que sem querer, quebra a magia da história do Pequeno Príncipe.

    Uma boa animação, sem sombra de dúvidas. Mas com gostinho que poderia ser melhor.

    Abraços!

    Carlos Lira

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  2. Parabéns à sua filha que apreciou o filme com todos os percalços da roteiro(principalmente). Quem eu interroguei sobre achou "chato".

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    1. Não vejo a hora deles (os filhos) começarem a ler, para abdicarmos de vez de qualquer filme dublado.

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  3. Gostei desse versão que misturou a historia da menina que precisava alcançar metas impostas pela mãe e a não tinha tempo para ser criança com a história do Pequeno Principe

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