Não li o livro de Dan Brown e não posso tocar nas omissões
que o filme possui. Mas não me parece que essas omissões cubram os furos da
narrativa. Chega a ser hilário o que se passa com Robert Langdon (Tom Hanks) na
Italia,Turquia e pouco mais que se espelha como um tapete magico turístico.
Desta
vez Langdon não mexe muito com dogmas católicos como fez nas versões dos
primeiros livros de Brown, especialmente “O Código Da Vinci”. Ele começa o
filme desmemoriado, num hospital, socorrido por uma doutora que pelo empenho por
sua saúde deixa a ideia de uma paixão platônica anciã(ela teria visto o Langdom
quando tinha apenas 12 anos, em uma palestra que ele proferiu). Ela se chama
Sienna Brooks (Felicity Jones) e na verdade é fanática na tese de que, para
melhorar o mundo, deve-se diminuir a densidade demográfica, cultivando e
espalhando um vírus que mataria mais da metade da população global.
Sienna
e seu “paciente” fogem de assassinos
visitantes e na fuga passam por diversos pontos de atração turística da Itália.
A trama invade “A Divina Comédia”
alegando que Dante Alighieri previu quando escreveu sobre o inferno a
morte de meio(ou mais de meio)mundo. Há uma busca da mascara mortuária de Dante
que eu não compreendi como Langdon sabia que ela tinha a ver com o vírus mortal
(a praga que matou milhares na Idade Media ,chamada de Peste Negra, pode ser a
chave de Dan Brown). Mas como fica no filme chega a ser confuso. Interessa
apenas um jogo de imagens, com muitos cortes e personagens sobrando as andanças
da doutora e seu doente, uma caça do tipo gato atrás do rato que muito aparece
e pouco se deixa elucidar. No fim, há uma série de falas que “explicam” as
coisas, Parafraseando, seria como explicar mas não justificar. Em tese “Inferno”
é um thriller banal em substancia, conseguindo chamar a atenção pela tarimba do
diretor que joga com planos diversos em cortes rápidos tentando sempre chamar a
atenção de uma plateia que nunca ouviu falar em Dante.
A esquecer
rapidamente exceto na concepção estatística(relação à obra do escritor).
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