sábado, 17 de novembro de 2018

O Grande Circo Místico


 “O Grande Circo Místico”é um projeto megalómano de Carlos Diegues que não consegue se realizar por conta de um roteiro esquemático. Este roteiro parte de um poema de Jorge de Lima e mostra varias gerações de uma família (Knieps) a partir da criação de um circo em 1910(vai até o que diz ser o século XXI). Mas as personagens são esterotipadas sem que essa predileção seja por conta de um quadro poético que parte da visão do cometa Halley até que ele volte a ser viso(em 1986) mas até aí vazando ideia com prosseguimento da narrativa até chegar num quadro simbólico, com gêmeas acrobáticas pairando nuas como se voassem a partir de seus trapézios.
Os estereótipos são  marcados por atos sexuais, gravidez  quase sempre forçada, nascimentos e mortes sem que o quadro justifique o que diz uma espécie de corifeu: “c’est la vie”(e o ator francês Vincent Cassel está no elenco). A continuidade de cinco gerações passa em sequencias que desprezam o circo, ficando muito pouco dos domadores de feras, trapezistas e até mesmo dos palhaços (no caso mais tristes do que o próprio roteiro que mostra sempre um circo abandonado, sem que isso signifique o eclipse de uma arte & diversão).
            Fiquei decepcionado com o filme do Cacá. Marcou especialmente a fotografia que realça claro e escuro e capricha nos closes. Mas não serve de apoio ao que se quer contar. Alias, fica  reticente a historia. É um mosaico quebrado de boas intenções.

Um comentário:

  1. Uma história fragmentada....
    Concordo com vc Pedro um mosaico quebrado de boas intenções ...
    Salva a fotografia!

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