“O Grande Circo
Místico”é um projeto megalómano de Carlos Diegues que não consegue se realizar
por conta de um roteiro esquemático. Este roteiro parte de um poema de Jorge de
Lima e mostra varias gerações de uma família (Knieps) a partir da criação de um
circo em 1910(vai até o que diz ser o século XXI). Mas as personagens são
esterotipadas sem que essa predileção seja por conta de um quadro poético que
parte da visão do cometa Halley até que ele volte a ser viso(em 1986) mas até
aí vazando ideia com prosseguimento da narrativa até chegar num quadro simbólico,
com gêmeas acrobáticas pairando nuas como se voassem a partir de seus trapézios.
Os estereótipos são marcados por atos sexuais, gravidez quase sempre forçada, nascimentos e mortes sem
que o quadro justifique o que diz uma espécie de corifeu: “c’est la vie”(e o
ator francês Vincent Cassel está no elenco). A continuidade de cinco
gerações passa em sequencias que desprezam o circo, ficando muito pouco dos
domadores de feras, trapezistas e até mesmo dos palhaços (no caso mais tristes
do que o próprio roteiro que mostra sempre um circo abandonado, sem que isso
signifique o eclipse de uma arte & diversão).
Fiquei decepcionado com o filme do Cacá. Marcou
especialmente a fotografia que realça claro e escuro e capricha nos closes. Mas
não serve de apoio ao que se quer contar. Alias, fica reticente a historia. É um mosaico quebrado
de boas intenções.
Uma história fragmentada....
ResponderExcluirConcordo com vc Pedro um mosaico quebrado de boas intenções ...
Salva a fotografia!