“Luzes da Ribalta”(Limilight) é de 1952 e só passou nos EUA
muitos anos mais tarde com Charles Chaplin vindo de seu exilio voluntario na Suíça
para recebe um ou dois Oscar como forma de arrependimento da indústria cinematográfica norte-americana por seu trabalho que o
pessoal de McCarthy achou obra de um comunista e ele teve de seguir para
Londres, afinal sua terra que jamais trocou de identidade.
O filme não lembra Carlitos, o vagabundo. É amargo ao focar
um comediante velho, alcoólatra, salvando do suicídio uma bailarina a quem
passa a proteger e afinal a quem deve sua reabilitação de pessoa humana e
artista.
Com uma canção que marcou época, inclusive aqui no Brasil, “Luzes
da Ribalta” trocou as gargalhadas das comedias mudas do cineasta pelas lagrimas
de quem não se continha ao ver Calvero, ou o que restou de Carlitos, cair no palco, dentro de um tambor, quando as
forças desaparecem.
Lembro de que se anunciou o filme no Olimpia por muitos
meses, com o titulo pintado em um espelho que ficava na sala de espera e podia
ser visto da rua. Havia grande curiosidade em torno dessa estreia até por que a
musica virou prefixo de uma emissora de radio local.
Calvero seria de fato o Carlito agonizante. Depois deste
filme faria o magoado “Um Rei em Nova Iorque” onde exteriorizava a sua magoa
dos EUA, e um verdadeiro engano: “A Condessa de Hong Kong”. Com uma bagagem de clássicos,
Chaplin é mesmo o símbolo do cinema. Rever seus filmes é um permanente prazer.
Este de 1952 passa agora numa Sessão Cult do Libero Luxardo. Vale muito rever.
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