“Não Serás um
Estranho”(Not as a Stranger/1955) foi o primeiro filme que Stanley Kramer
dirigiu. Ele já era um produtor aclamado por filmes como “Cruel Desengano”, “8
Homens de Ferro”, “A Nave da Revolta” e mais alguns quando se lançou a dirigir
e faria outros grandes trabalhos. Eu me impressionara ao ver o filme quando
ainda estudava medicina e achava que era o melhor já feito sobre o curso medico
e o que o formando faria na vida pratica. Hoje revi e sinceramente achei que o
entusiasmo do passado era próprio de um tempo. Mas o filme é bom. Tem Robert
Mitchum num papel digno de seu porte (sempre me pareceu antipático). E Frank
Sinatra brilha no papel de coadjuvante.
O
medico falha, diz o roteiro de Edna Anhalt, Edward Anhalt e Moton Thompson. Se
o doutor novato de Sinatra tira um sinal do rosto de uma paciente e Mitchum
briga pois podia ser canceroso, ele, Mitchum, operaria seu professor
apressadamente e o paciente morreria “na pedra”
Há inclusive
alusão à instabilidade emotiva com
doutor de Mitchum sendo infiel à dedicada esposa vivida por Olivia de
Havilland (a sobrevivente do elenco, com hoje 102 anos, pouco faltando para
103) . O roteiro desafia o parâmetro hollywoodiano dos bons moços. E o filme
narra bem os fatos. Um bom trabalho de Kramer embora não se demore nos perfis psicológicos
nem adentre pelo curso medico em geral, sem mostrar os colegas dos principais
personagens (afora os planos de auditório, com todo mundo visto de longe).
Vale
ser visto agora, mesmo com os cursos médicos não serem mais os mesmos.
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