quarta-feira, 25 de maio de 2011

Filmes em várias telas

Atualmente eu vejo filmes mais em DVD do que nos cinemas. Não é só preguiça de sair de casa:é a falta de lançamentos nas salas comerciais (as especiais exibem quase sempre o que eu já vi). Vou tentar repassar com o pé no acelerador o que vi ultimamente em, dois tipos de tela:
“Minha Versão do Amor”(Barney’s Version ) surpreendeu-me. Paul Giamatti está sempre adiante da câmera. O filme é de seu personagem, um depressivo por motivos a se explicar ao longo de quase duas horas de projeção. Pra começo de conversa há 3 mulheres na vida dele, todas levadas ao altar. A última é a mais querida. E ele deixa fugir. Termina esquecendo tudo no Mal de Alzheimmer. Triste mas cinema do bom.
“O Assassino em Mim”(The Killer Inside Me) é um noir colorido de Michael Winterbottom. Casey (irmão de Ben) Affleck é um policial maluco em uma pequena cidade norte-americana, dessas onde todo mundo conhece todo mundo. Afeiçoado de uma prostituta e enfim encarregado de deportá-la ele prefere matá-la aos tapas. Mas não é seu primeiro assassinato. Em rápidos flachp-backs sabe-se que matava desde garoto. E matando prossegue, em especial mulheres que o amam. Uma sangueira bem filmada com base em um “best-seller”. Como se capricha, hoje, em cinema cruel....!
“Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas”é a quarta parte de uma franquia milionária. Dá para botar num parque da Disney a Fonte da Juventude. Se verdadeira, só assim me atrairia a esse caça-dolar de Orlando. Mas no filme a fonte é um detalhe que pouco se liga. Sereias lembram Homero, mas a besteirada do roteiro é mais homérica. O que importa é Johnny Depp propagar o único pirata-gay do cinema. Se não é gay, sad é que não é.
“Withy” de Fassbinder lembra aquele filme nacional “Matou a Família e Foi ao Cinema”. Só que neste caso mata-se a família e se vai morrer de sede em um deserto. Vislumbrando o western de forma operística, o cineasta alemão de vida curta e carreira de bólido acaba expondo o racismo em estética elaborada. Um mulato é o assassino. Os brancos são tarados. Todo mundo morre. Nem a turma de Django matava tanto. Não é meu tipo de filme.

Nenhum comentário:

Postar um comentário