terça-feira, 31 de maio de 2011

Fim de Mundo

Vários filmes focalizaram o “fim dos tempos”. O primeiro que eu vi, nos anos 50, foi “Os Últimos Cinco”(Five/1951) de Arch Oboler. Escapavam 5 pessoas de uma guerra nuclear que dizimava a população do planeta. Terminava com a mulher do grupo tendo criança. Já em “O Diabo, a Carne e o Mundo”(The World, the Flesh and the Devil/1958)de Ranald McDougall, era um negro (Harry Belafonte) que sobrava da matança. Mais adiante, em “A Última Esperança da Terra”(The Omega Man/1971) de Boris Sagal, era Charlton Heston inteiro entre queimados na Nova York em ruínas. E por aí vai, refilmando-se historias como a deste último titulo, ou bolando-se mais visões do Apocalipse.
Vi ágora “O Mistério da Rua 7”(Vanishing on 7th Street/2010) de Brad Anderson. É uma escuridão que surge do nada e engloba as pessoas. De repente todo mundo some. Só ficam as roupas. E o roteiro dá inicio em um cinema, quando o projecionista pensa que deu pane na máquina, ou que faltou energia, mas logo se depara com as poltronas sem espectadores. Só as roupas deles.
Interessante a idéia. Mais ainda por não explicar como surgiu a escuridão e como as coisas vão acabar. Só tem um detalhe fanhoso: um menino sobrevivente acha uma menina idem e os dois entram numa igreja onde a escuridão tenta controlar o cenário mas não dá conta. Eles fogem a cavalo (?). Milagre ? E que diabos foi o manto negro envolvente ?
Anos atrás os quadrinhos de William Ritt e Clarence Gray, “Brick Bradford”, contaram que uma lanterna lançava luz negra ao invés de branca ou amarela. Era como se a noite fosse “fabricada”. Essa trama não ganhou imitações até agora. O filme dirigido por Brad Anderson e escrito por Anthony Jaswinski é um B curioso. Não sei se vai chegar por aqui em tela grande. Vai em DVD. Nos States deu cano. Mas isso é elogio. Filme B quando emerge da produção massiva dos grandes estúdios é heroísmo. Eu achei interessante, Vi de noite e não dormi. Isto é elogio.

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