Eu era um adolescente quando li “Os Irmãos Karamazov” de Dostoievski. Mais tarde vi o filme de Richard Brooks. Na época fiquei entusiasmado com a fotografia de John Alton. Ele experimentava matizes diferentes do tecnicolor em determinadas seqüências. Há por exemplo, o vermelho vivo sobre o quarto do velho Karamazov, típico vilão como está no filme. Hoje percebo que foi só. Ou o que ficou no tempo. Maria Schell nunca esteve tão ruim como Gushenka. Ri tanto que ao tentar ficar séria gera um ato cômico. Ela está tão ruim que Yull Brynner passa como Dmitri. Mas o pior é o roteiro que fez do livro matéria das Seleções do Reader’s Digest. E com o invariável “happy end” a gosto de Hollywood.
O teor dramático da obra do autor de “Crime e Castigo” ficou melhor em outras versões. Mas a de Brooks para a Metro foi a mais festejada. E só merece isso pela composição de Lee j. Cobb como patriarca da problemática família. Ate o vilão maior,o Smerdjakov de Albert Salmi, parece caricato. Ele e o ótimo Richard Basehart que fez “Il Matto” no “La Strada” de Fellini, aqui no insosso Ivan.
Richard Brooks, que foi marido da atriz Jean Simmons, repetiu a cor funcional no melhor sucedido “Elmer Granty”(Entre Deus e o Pecado). Como “Os Irmãos Karamazov”este filme também se encontra nas locadoras, em DVD
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
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