Satirizar a politica brasileira não
é novidade. “Simão o Caolho’ de Cavalcanti(1953) deu conta disso com o
personagem de Mesquitinha chegando à presidência com um currículo cômico . E as
chanchadas mostraram Oscarito imitando Getulio Vargas (“Nem Sansão nem Dalila”)
e Violeta Ferraz assumindo um ministério onde as mulheres não tinham apenas
voz: davam berros (a Madame Pau Pereira moldada no baião de Luís Gonzaga “Paraíba” no lamentável "É Fogo na Roupa!").
“O Candidato Honesto” podia ir mais
fundo no assunto com o tipo de Leandro Hassum. Mas nem o diretor Roberto Santucci e muito menos o
roteiro original fizeram empenho. Preferiram colar o filme “O Mentiroso”(Liar,Liar)
com Jim Carrey. Dizer apenas a verdade caía mal num advogado e cai ainda pior
num político. Mas se isso dava chance a se mostrar uma face real da nossa
democracia surge como uma piada contada por quem não sabe contar e ainda por
cima remenda com medo de ofender alguém.
O filme não chega a ser honesto na
sua denuncia de políticos corruptos. Quer fazer graça e chamar publico. O mesmo
publico que a mídia de hoje orienta a seu beneficio.
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