quinta-feira, 9 de outubro de 2014

O Candidato Honesto


            Satirizar a politica brasileira não é novidade. “Simão o Caolho’ de Cavalcanti(1953) deu conta disso com o personagem de Mesquitinha chegando à presidência com um currículo cômico . E as chanchadas mostraram Oscarito imitando Getulio Vargas (“Nem Sansão nem Dalila”) e Violeta Ferraz assumindo um ministério onde as mulheres não tinham apenas voz: davam berros (a Madame Pau Pereira moldada no baião de Luís Gonzaga “Paraíba” no lamentável "É Fogo na Roupa!").

            “O Candidato Honesto” podia ir mais fundo no assunto com o tipo de Leandro Hassum. Mas nem  o diretor Roberto Santucci e muito menos o roteiro original fizeram empenho. Preferiram colar o filme “O Mentiroso”(Liar,Liar) com Jim Carrey. Dizer apenas a verdade caía mal num advogado e cai ainda pior num político. Mas se isso dava chance a se mostrar uma face real da nossa democracia surge como uma piada contada por quem não sabe contar e ainda por cima remenda com medo de ofender alguém.

            O filme não chega a ser honesto na sua denuncia de políticos corruptos. Quer fazer graça e chamar publico. O mesmo publico que a mídia de hoje orienta a seu beneficio.

           

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