quarta-feira, 8 de julho de 2015

O Duplo


               Richard Ayoade só tem um filme antes deste “Duplo”(The Double) ora nas locadoras de DVD: “Submarine” historia de uma garota de 15 anos que deseja perder a virgindade antes dos 16. Ele agora ataca o livro de Dostoievsky com  Jesse Eisenberg feito Simon, um tímido empregado de uma corporação (dominada por um tipo que se conhece por Coronel) que se vê diante de James, um novato com a sua cara e mais coragem para subir de posto.

               Não conheço o livro mas o filme lembra na sua estrutura “O Processo”(The Trial) que Orson Welles fez da obra de Kafka. Ali era um homem acusado de um crime que nem sabe qual e aqui é um preterido por uma cópia de seu físico, capaz, sem duvida, de se sair melhor com a colega Hannah, sua paixão.

               O estilo alucinante, ou alucinatório, usa de recursos que vão das cores (especialmente o vermelho), do enquadramento (nem sempre horizontal), da montagem (com licença acronologica) e dos atores(especialmente de Jesse, o garoto que descobriu o face-book em “Rede Social”) .

               A coisa funciona em tese mas o filme é árduo de ver. Mais do que Tony Perkins correndo pelos espaços que Welles dimensiona com profundidade de campo. De qualquer forma é uma experiência interessante. Não dá para deixar a base do que deve ter sido a ideia do escritor russo. Mas não adere ao fantasmagórico de indústria. Vale olhar.

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