Richard
Ayoade só tem um filme antes deste “Duplo”(The Double) ora nas locadoras de
DVD: “Submarine” historia de uma garota de 15 anos que deseja perder a
virgindade antes dos 16. Ele agora ataca o livro de Dostoievsky com Jesse Eisenberg feito Simon, um tímido empregado
de uma corporação (dominada por um tipo que se conhece por Coronel) que se vê
diante de James, um novato com a sua cara e mais coragem para subir de posto.
Não
conheço o livro mas o filme lembra na sua estrutura “O Processo”(The Trial) que
Orson Welles fez da obra de Kafka. Ali era um homem acusado de um crime que nem
sabe qual e aqui é um preterido por uma cópia de seu físico, capaz, sem duvida,
de se sair melhor com a colega Hannah, sua paixão.
O estilo
alucinante, ou alucinatório, usa de recursos que vão das cores (especialmente o
vermelho), do enquadramento (nem sempre horizontal), da montagem (com licença
acronologica) e dos atores(especialmente de Jesse, o garoto que descobriu o
face-book em “Rede Social”) .
A coisa
funciona em tese mas o filme é árduo de ver. Mais do que Tony Perkins correndo
pelos espaços que Welles dimensiona com profundidade de campo. De qualquer
forma é uma experiência interessante. Não dá para deixar a base do que deve ter
sido a ideia do escritor russo. Mas não adere ao fantasmagórico de indústria.
Vale olhar.
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