domingo, 15 de novembro de 2015

O Mundo de Amanhã

Brad Bird tem em seu currículo um titulo memorável: a animação “Ratatouille” da PIXAR. Agora que a firma é da Disney ele fez historia e roteiro de “Tomorrowland”, filme que andou pelos cinemas de Belém só em copias dubladas o que me afugentou (recuso esta aberração). Vi agora em DVD. E aprecio a trama que evoca a formula para um mundo melhor: a reforma individual. De posse de uma espécie de broche, a garota Casey (Britt Robertson) consegue vislumbrar uma cidade do amanhã onde a alta tecnologia patrocina a paz como se tudo fosse encantado. Bem, o filme começa com um adulto(George Clooney) contando o que se vai ver sobre um amanhã otimista. Ele é sempre interrompido por uma voz feminina e mais tarde nos vamos saber quem é quem.
A trama deixa margem a momentos de ação dignos dos blockbuster atuais. Mas a licença de  comercio não invalida a “moral da historia”. Como numa fabula, o filme fecha com o tal talismã, ou berloque,ou pequeno cartão, distribuídos por diversas pessoas de diversas classes sociais e em diversos países. Toda essa gente é convidada a conhecer “Tomorrowland” e aprender que o mundo como está vai chegar a um fim e que é preciso mudar para sobreviver.
O filme eu vejo no dia do atentado em Paris. Realmente as coisas vão mal. Bird cita os escritores que viram um futuro ruim: George Orwell, H.G. Wells,Ray Bradbury, e  outros que esqueci os nomes. De fato, não se acha facilmente quem pregue uma bonança. Nem quem escreveu “Five”(Os Últimos Cinco)  uma das melhores sci-fi de cinema sobre um fim de mundo. Como é difícil achar uma flor nesse matagal o filme vende peixe raro. E põe o “dr House”(Hugh Laurie) de um desiludido  moderno apelando para uma destruição sem antes tirar o corpo fora.
                Pena é que as boas ideias do diretor& escritor  não ganhem respaldo em cinema. Seu filme é muito bobo, muito da Disney de fim de ano, sem o recurso da animação que neste caso até que deveria funcionar melhor.
                Clooney e Britt Robertson deveriam aparecer de outro jeito. E as coisas ficam ainda mais confusas como “mensagem pacifista” quando se sabe que uma das heroínas do amanhã é um robô (papel ingrato para a jovem Raffey Cassidy). Seria como dizer que só uma menina-máquina daria credibilidade a um pacifismo que, por exemplo, diluiria a fúria sanguinária dos terroristas islâmico.





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