Brad Bird tem em seu currículo um titulo memorável: a animação
“Ratatouille” da PIXAR. Agora que a firma é da Disney ele fez historia e
roteiro de “Tomorrowland”, filme que andou pelos cinemas de Belém só em copias
dubladas o que me afugentou (recuso esta aberração). Vi agora em DVD. E aprecio
a trama que evoca a formula para um mundo melhor: a reforma individual. De
posse de uma espécie de broche, a garota Casey (Britt Robertson) consegue
vislumbrar uma cidade do amanhã onde a alta tecnologia patrocina a paz como se
tudo fosse encantado. Bem, o filme começa com um adulto(George Clooney)
contando o que se vai ver sobre um amanhã otimista. Ele é sempre interrompido
por uma voz feminina e mais tarde nos vamos saber quem é quem.
A trama deixa margem a momentos de ação dignos dos blockbuster
atuais. Mas a licença de comercio não
invalida a “moral da historia”. Como numa fabula, o filme fecha com o tal
talismã, ou berloque,ou pequeno cartão, distribuídos por diversas pessoas de
diversas classes sociais e em diversos países. Toda essa gente é convidada a
conhecer “Tomorrowland” e aprender que o mundo como está vai chegar a um fim e
que é preciso mudar para sobreviver.
O filme eu vejo no dia do atentado em Paris. Realmente as
coisas vão mal. Bird cita os escritores que viram um futuro ruim: George
Orwell, H.G. Wells,Ray Bradbury, e outros que esqueci os nomes. De fato, não se
acha facilmente quem pregue uma bonança. Nem quem escreveu “Five”(Os Últimos
Cinco) uma das melhores sci-fi de cinema
sobre um fim de mundo. Como é difícil achar uma flor nesse matagal o filme
vende peixe raro. E põe o “dr House”(Hugh Laurie) de um desiludido moderno apelando para uma destruição sem antes
tirar o corpo fora.
Pena é
que as boas ideias do diretor& escritor não ganhem respaldo em cinema. Seu filme é
muito bobo, muito da Disney de fim de ano, sem o recurso da animação que neste
caso até que deveria funcionar melhor.
Clooney
e Britt Robertson deveriam aparecer de outro jeito. E as coisas ficam ainda
mais confusas como “mensagem pacifista” quando se sabe que uma das heroínas do
amanhã é um robô (papel ingrato para a jovem Raffey Cassidy). Seria como dizer
que só uma menina-máquina daria credibilidade a um pacifismo que, por exemplo,
diluiria a fúria sanguinária dos terroristas islâmico.
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