Obediência a uma fala impositiva onde impera a violência simbólica.
A diferença entre trote e golpe é que o
primeiro é inócuo, só se faz para assustar (ou enraivecer).O segundo tem lucro
escondido. Semana passada quiseram me dar um golpe, com telefonemas falsos que
eu pensei em trote, mas acabei conscientizando que era golpe. Agora vi o filme
“Obediência”(Compliance, EUA, 2012).O caso vira uma agressão sexual e a
descoberta da tramoia por um antigo funcionário da policia que também fala ao
telefone afirma que policia nenhuma pede que a suposta criminosa tire a
roupa . Daí se passa para a inócua tentativa de se descobrir quem é o autor da
“brincadeira “e a simultânea detenção da dona do restaurante.
O roteiro fixa a ação na ameaça por telefone do suposto “tira”. Muitas pessoas
são convidadas a responder suas indagações inclusive o noivo de dona da
casa que se revela um bêbado estuprador.
Filme “indie” de câmera na mão, unidade de lugar e atores não conhecidos mal
consegue ganhar campo na distribuição. Este ganhou até prêmios. E procede no
modo como joga com imagens e som numa proposta de agonia. Quem conhece esse
tipo de agressão sabe como ela funciona. Gostei do que vi. A direção
revela-se segura e a edição muito eficiente. O filme por aqui chegou a canal de
TV por assinatura(Max). Se ainda for exibido vale olhar. E diz, no final, que
mais de 30 casos semelhantes aconteceram nos EUA em um ano. A tecnologia de
fones digitais pode gerar esse tipo de agressão psicológica. Pior quando ela
embute uma forma de comercio .
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