“007
Contra Spectre” começa com a formula de uma sequencia de ação.Agora é no México,
numa festa de Finados (traço folclórico de lá)quando James Bond persegue um
vilão. Não se tem informações de quem é o perseguido. 007 pula de telhados, cai
de alturas gigantescas e ainda ataca de helicóptero. Esta sequencia como a dos
outros filmes da série, dura aproximadamente 10 minutos. Mas não está só. Há
outras perseguições homéricas no roteiro e Daniel Craig dá trabalho para o seu
(ou os seus) dublê(s).
O novo
filme com o personagem criado por Ian Fleming aposta firme na bilheteria.
Afinal,o anterior, “Skyfall”, deu 1 bi no mundo. Sam Mendes, o diretor, ri para
as paredes. Mas os roteiristas começam a mostrar preguiça. Não há qualquer
liame de logica na pintura do vilão interpretado pelo excelente Christoph
Waltz. Nada de mais se durante a narrativa o “non sense”é abusado ao extremo.
Cito um exemplo: a mocinha Lea Seydoux(Madeleine)muda de roupa como se
estivesse num desfile de modas.Onde ela carrega a indumentária ninguém sabe. E
nem se pense num avião que aterrissa em cima de arvores e praticamente vira
carro atrás dos vilões.
Fleming
trabalhou durante a 2ªguerra no serviço de informações e criou um tipo que
sintetizava suas experiências com o adendo da guerra fria.O cinema moldou o
herói daí em diante. O autor morreu há 51 anos e hoje a produção que ainda tem
assinatura de Albert Broccoli morto em 1996 aos 87 mas a bola é de sua filha
Barbara (55). Quem escreve é a equipe do
anterior “Sykyfall”:Neal Purvis,John Logan, Robert Wade e agora mais Jez
Butterworld. Claro que o roteiro é o que pediu a produção da MGM &
Columbia(007 era da finada United Artista que a MGM comprou e hoje nem é
citada). Este processo administrativo é
a base da coisa. Não vale a pena esmiuçar estética e dizer que a edição é
eximia, que a musica é descritiva, que a iluminação é boa e que Waltz, pelo
menos, tem bom desempenho. Tudo segue um figurino. O que se precisa saber é até
que ponto as plateias vão aplaudir mesmices. Na minha sala pessoas saiam no
meio de projeção(longa demais). Enfim, é melhor (re)ver um 007 do que procurar
ouro na mina da Marvel.
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