quarta-feira, 13 de julho de 2016

Como Eu Era Antes de Você

A inglesa Jojo Moyes(47) surfou na onda dos colegas norte-americanos que focalizaram romances difíceis de serem consumados (ou permanecidos). Seu “Como Eu Era Antes de Você”(Me Before You)lembra “Love Story” ou, mais  especificamente, “Intocáveis”(Intouchables) de Olivier Nakache e WEic Toledano. Isto em se tratando de cinema. O livro de Jojo ganhou as telas pela conterrânea dela, Thea Sharrock e hoje é o saca-lágrimas preferido das mocinhas.
                Basicamente trata-se do relacionamento de uma jovem de classe média-baixa com um jovem milionário tetraplégico que pretende, em cominação com os pais, mandar-se depois de determinado tempo à uma clinica suíça onde a eutanásia é consentida. A mocinha ganha emprego de sua cuidadora, e a principio pela gana de manter esse emprego, dedica-se ao paciente,não freando um gradativo afeto.
                O filme é um exemplar raro de melodrama inglês. Foge um pouco dos exemplares americanos não só pelos exteriores como e principalmente pelas personagens bem interpretadas. Posso dizer que é um filme de atores. Não imagino o que seria sem Emilia Clarke(29 anos), uma expansiva Louise Clark, a sempre alegre e aparentemente ingênua “funcionaria” de um drama domestico. Ela está convincente a ponto de elevar o colega Sam Caflin como o aleijado(atropelado por uma moto) Will Taylor.Vestindo-se espalhafatosamente, procurando rir quando a situação é de chorar.a mocinha é o quadro de alegria que foge cada vez mais do jovem que fora um atleta e vive cercado de fotos de um passado que machuca sua memória.
                Como muitas romances açucarados há um pouco de sal na historia. E a rigor não representa nada de novo numa tela iluminada. Mas está comunicando com quem não pensa em “déja vu”. Por sinal que se pode pensar numa discussão sobre a eutanásia. Países como a Suíça não criminalizam a medida. Morre quem quiser morrer(ou pagar para isso). No caso de uma pessoa jovem, rica e presa à cadeira de rodas, é concedida a “graça”(em $$) de ir mansamente para “a melhor”. Mas olhar o filme nesse ângulo é coisa de critico. Para o grande publico trata de um amor que se interrompe por um lado que sente a impossibilidade de consubstanciá-lo. É por isso, ou assim, que vi chorarem na sala escura do cinema. Lembrei da musica do Chico Cesar muito tocada no tempo do dramalhão da velha Hollywood(“Ô ô filme, filme triste/que me fez chorar...). Nesse ângulo se observa um programa de exceção no menu do circuito cinematográfico local onde atualmente proliferam animações nem sempre saudáveis (e massacradas por dublagens infames) e aventuras de super-heróis, produtos especialmente dos quadrinhos Marvel e DC Comics.

                No mais, vou doravante acompanhar a pequena Emilia. Bem que ela poderia fazer o papel da boneca de pano criada pelo Monteiro Lobato. É tão simpática quanto... 

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