sexta-feira, 29 de julho de 2016

Jason Burne

                Paul Greengrass, cineasta que eu lembro bem de “Capitão Phillips” e “Vôo United 93” volta a Jason Burne personagem criada por Robert Ludlum que ele abordou pela primeira vez em 2004 e voltou a ele em 2007. Matt Demon é  a chave dessa associação. E o tipo hoje ganha a popularidade de James Bond no inicio de carreira. Burne é uma franquia não só rentável como interessante do ponto de vista temático, com o vilão alocado na CIA(Central Inteligence Service),lomge do chavão atual que é terrorismo. Agora, depois da historia das escutas telefônicas ao redor do mundo (fato que chegou a ser reclamado pela presidente Dilma do Brasil na ONU) , o tipo dos filmes é uma espécie de Quixote contra a gradativa extinção da privacidade, levando a espionagem norte-americana a uma espécie do Grande Irmão do “1984”de George Orwell.
                O novo filme tem a missão de ser sempre interessante. Como a trama é corriqueira, sempre o mocinho solitário contra o super-vilão, Greengrass reforça a narrativa com o que se chama “machine gun cut”(corte metralhadora), um desvario de montagem que chega a ponto de não se delinear quem está lutando contra quem.
                Prodígio de CGI, com carros destroçados a todo instante, o filme inteiro é a corrida para achar Burne que se esconde na tentativa de descobrir a causa da morte de seu pai (a explosão de um fusca). Sabe que o homem esteve ligado ao serviço de espionagem, mas não tem provas de que a coisa partiu da CIA. Até há uma figura ligada às redes sociais com a cara de árabe (e logo se pergunta se não é um terrorista), passa na avalanche de planos em que muitos perseguem, a mando do chefão da agencia americana(Tommy Lee Jones), caça Burne, em especial um carrasco chamado Asset(Vincent Cassel). No meio da intriga está Heather Lee(Alicia Vikander), quem no fim das contas acredita em Burne como uma pessoa justa e quer que ele volte a ser agente federal.
                Curioso como o roteiro omite um romance de Burne com Heather, mas o filme não quer sair de um trilho em que a dinâmica é a formula “gato atrás do rato”. Na caçada surgem imagens de diversos países e soube que a equipe de filmagem andou por eles, sem duvida o custo maior da produção.
                Claro que é uma diversão bem administrada. Há um momento em que o herói leva um tiro no ombro mas isso não o impede de brigar com o pistoleiro de Cassel  na base do tapa. Lembrei daqueles seriados antigos em que a garotada exigia a “porrada” dos antagonistas com a curiosa licença dos chapéus não caírem em meio aos socos.
                Ressalto, reafirmo, a edição. Planos manuais surgem rápido com as cores tendendo ao vermelho. Felizmente a produção não entrou nessa de 3D. Os efeitos seriam demais.

                Lançamento mundial com algumas copias legendadas por aqui (Cinepolis Boulevard). 

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