segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Ben Hur Rides Again

Refilmar “Ben Hur”é uma ousadia dispensável. O filme de William Wyler com Charlton Heston ganhou 11 Oscar e foi sucesso de publico e de critica. Aqui, no saudoso Cine Palácio,fez filas apesar da sala ter mais de 2 mil lugares. O livro tinha em casa, meu pai havia lido mais de uma vez e eu folheei. Achei o filme um modelo de superprodução. Claro que não havia qualquer tentativa de aprofundar o drama do homem sentenciado injustamente e o poderio romano no tempo de Cristo. Como o livro, o filme prendia-se à trama e ,por continuidade, ao espetáculo. Uma dessas obras que Hollywood se orgulhava de ter feito. Era a fase crepuscular da Metro, ma,ainda assim, fazendo jus ao urro de seu leão (eu diria papão).
                Por que refilmar ? Pelo alcance do CGI, por custar menos e parecer mais ? Por demonstrar que a técnica auxilia o fausto do cenário ? Besteira. Cinema é muito mais que pirotécnica. E quem viu “Ben Hur”em 1959 dificilmente vai aplaudir este de 2016. Por sinal que hoje não existe o garbo de Hollywood. A Metro é parte de outros estúdios. Os tycoons acabaram. Vivem os computadores que muitas vezes se inspiram no passado porque não possuem suficiente imaginação para trabalhar além da tecnologia básica.

                Não sei se vou ver este novo filme. São mais de duas horas de replay . Sem Wyler, sem Heston, sem Boyd, sem uma turma que vendia cinema...

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