Mais um
programa de filmes mexicanos no tradicional Olympia. Curioso é que desta vez há
espaço para os velhos artistas daquele país. O caso de Maria Antonieta
Pons(1922-2004) que está em “Viva Mi Desgracia” de 1944 dirigido por Roberto
Rodriguez(1909-1995).Maria era conhecida como rumbeira, ao lado de Ninon
Sevilla(1929-2005), como ela uma cubana que andou pelo Brasil.
Aqui
Maria esteve com Oscarito em 1952 na chanchada “Carnaval Atlantida’de Jose
Carlos Burle e Carlos Manga.Ninon foi mais longe: chegou à nossa Belém e dançou
com um amigo meu, o Dorival que a gente chamava de Cantinflas por imitar o cômico
mexicano.
Maria
Antonieta é uma das poucas figuras do velho cinema asteca que está no novo
programa enviado pela embaixada mexicana. Pedro Infante (1917-1957) também surfou
na onda dos melodramas, mas não foi estrela como Ramon Armengod. Lembro dessa
fase que levava muita gente brasileira aos cinemas e aqui lotava salas como o
velho Olympia e ainda as concorrentes Moderno e Independência.
O tempo
era do cine-bolero, inaugurado com “Pecadora”(1947)de Jose Diaz Morales. Cada
filme inseria na pista de som um bolero. E geralmente a musica virava sucesso
em radio e disco. Nos filmes a tônica era prostituta infeliz que acabava
tuberculosa. E o publico chorava por isso. Filmes que a critica odiava (e eu no
meio). Mas hoje sei que espelhavam uma cultura com certo apego. Interessante é
que muitos exemplares pensavam no Brasil e em “Pecadora” tinha até o conjunto
brasileiro “Anjos do Inferno” cantando a embolada “Sete e Setecentos”.
Gostaria
que num desses programas veiculados pela embaixada do México entrasse o ciclo
de dramalhões populares nos anos 40 e 50. Libertad Lamarque, Emilia Guiu podiam
ser encontradas cantando em lagrimas. Engraçado que a censura brasileira proibia as produções até
18 anos. E a molecada fazia força para furar o bloqueio e ver as coisas (até
para saber o que tinha de proibido).
Na
atual retrospectiva que deve estar no final de agosto no Olympia há de tudo,
até o clássico”Amores Brutos” de Iñarritu. Um hiato na programação das salas de
shopping que abrem largos espaços para drogas como o novo “Ben Hur”.
Olá Pedro! Sou filho do Geraldo Guimaraes, que fez alguns filmes quando era jovem. Vc teria algum deles, e se positivo, tem como me vender uma cópia? Muito obrigado!
ResponderExcluirGeraldo Guimaraes Jr
(011)994986612
Tenho "O Desastre". Vou tirar uma copia e v.pode pegar amanhã na portaria de meu prédio (Ed.Manhatt
ResponderExcluiram, na rui Barbosa 619 entre Aristides lobo e Tiradentes). Outros filmes eu estou tentando passar para dvd.
Pedro, queria te agradecer imensamente! Acabei de receber o DVD, e me emocionei muito! Vc sabe me dizer em que ano foi feito e quem sao os atores, alem do meu pai?
ResponderExcluirForte abraço
Foi em 1852, Os demais "atores" são os colegas do Colegio Moderno, Agostinho Barros e Acleu Braga.
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