Janis Joplin é a cara feminina da Era do Rock ou o inicio da
febre juvenil que o ritmo trouxe a partir de Elvis Presley. Mesmo assim, a
moça, quando estudante, ganhou de seus colegas o titulo de “o homem mais feio
da escola”. Querendo a independência de gênero numa época em que ainda não
havia medrado da geração Woodstock ela sofreu o diabo desde que morava com os
pais. Muitos relacionamentos fortuitos, um deles tendendo a dar certo e
descoberto como um parceiro volúvel, Janis se drogou cedo. E a droga a levou
aos 27 anos. Sua historia é a meta do filme de Amy Berg que só chega aqui pelo
esforço da programação do Cine Estação, devendo ficar em cartaz até o final dom
mês.
“Janis,
The Little Girl Blue” é um documentário feito de recortes de entrevistas, de
fotos &pequenos filmes, enfim de recortes da vida da cantora, procurando
sempre uma cronologia mas inteligentemente avesso ao relato acadêmico que
poderia transformar a artista em mais uma biografada made in Hollywood.
Eu
passei um pouco distante do rock ( e mesmo do blue) nos meus verdes anos. Mas
não era alienado a ponto de desconhecer algumas estrelas do ritmo. Janis, por
exemplo, chegou a viajar para o Brasil em curta temporada. De sua musica eu
pouco ouvi. Mas o filme não se detém na parte musical. É biográfico na linha anárquica
que traduz o biografado embora esse recurso não seja novo (eu já vi filmes
parecidos).
Vale
como uma homenagem à cantora que uma geração aplaudiu e a um tipo de cinema que
varre a realidade perseguindo detalhes dessa realidade. Um programa diferente
que o publico deve prestigiar.
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