sexta-feira, 17 de março de 2017

A Bela e a Fera de Cocteau

                A melhor adaptação do conto de Jeanne-Marie Leprince de Beaumont “La Belle et la Bête”(A Bela e a Fera) foi a do poeta Jean Cocteau em 1946, filme que teve roteiro, diálogos e “décor”dele com direção de René Clement(mestre em “Brinquedo Proibido”/Jeuxs Interdits).Jean Marais, companheiro de Cocteau até sua morte, fazia “Fera”, e Josette Day “Bela”. Curioso é que no elenco está Mila Parély(1917-2012), atriz que se casou com o ator e ficou casada por dois anos mesmo sabendo de sua homossexualidade.Ela faz o papel de Félicie uma das irmãs de Belle.
                O grande filme de Cocteau vem à baila quando chega às telas internacionais a nova versão feita pelos estúdios Disney, exemplar de uma série que esse estúdio está produzindo a partir de seus filmes de animação(e eu não gosto de sua “Bela e a Fera”, desenho que exibe até erros de perspectiva). Não vi o novo filme e não sei se vou ver. O clássico de Cocteau é tão envolvente que não deixa espaço para semelhante na memoria do espectador. Eu o vi com 12 anos e daí em diante o revejo com frequência e sempre admirando o conjunto da obra.

                “A Bela e a Fera “soma com “Orfeu”(1950)entre os melhores filmes de Jean Cocteau. Pena que ainda não tenha chegado ao bluray e a edição em dvd já é antiga, sujeita ao desgaste natural do processo.  Mas se conseguirem uma copia, vejam. Sempre vale.

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