A
melhor adaptação do conto de Jeanne-Marie Leprince de Beaumont “La Belle et la
Bête”(A Bela e a Fera) foi a do poeta Jean Cocteau em 1946, filme que teve
roteiro, diálogos e “décor”dele com direção de René Clement(mestre em “Brinquedo
Proibido”/Jeuxs Interdits).Jean Marais, companheiro de Cocteau até sua morte,
fazia “Fera”, e Josette Day “Bela”. Curioso é que no elenco está Mila
Parély(1917-2012), atriz que se casou com o ator e ficou casada por dois anos
mesmo sabendo de sua homossexualidade.Ela faz o papel de Félicie uma das irmãs
de Belle.
O
grande filme de Cocteau vem à baila quando chega às telas internacionais a nova
versão feita pelos estúdios Disney, exemplar de uma série que esse estúdio está
produzindo a partir de seus filmes de animação(e eu não gosto de sua “Bela e a
Fera”, desenho que exibe até erros de perspectiva). Não vi o novo filme e não
sei se vou ver. O clássico de Cocteau é tão envolvente que não deixa espaço
para semelhante na memoria do espectador. Eu o vi com 12 anos e daí em diante o
revejo com frequência e sempre admirando o conjunto da obra.
“A Bela
e a Fera “soma com “Orfeu”(1950)entre os melhores filmes de Jean Cocteau. Pena
que ainda não tenha chegado ao bluray e a edição em dvd já é antiga, sujeita ao
desgaste natural do processo. Mas se
conseguirem uma copia, vejam. Sempre vale.
Nenhum comentário:
Postar um comentário