Os cantores estão bem
biografados em cinema. Lembro de Luiz Gonzaga e de Tim Maia. Agora é a vez de
Elis Regina. O filme “Elis”, de Hugo Prata com roteiro de Luiz Bolognesi, Vera
Egito e do próprio diretor, conta bem a historia da mocinha gaúcha que vai com
o pai tentar a sorte no radio do Rio de Janeiro. Certo que apressa o andor e
deixa que se veja apenas alguns problemas enfrentados, especialmente o seu
papel na época do governo militar quando chega a cantar para soldados depois de
uma intimação que poderia prejudicar sua carreira(“afinal”, disse ela, “Maurice
Chevalier cantou para os nazistas”).
O filme
não seria o que é se não fosse o empenho da atriz Andreia Horta. Até no sorriso
ela lembra Elis. Dubla algumas musicas e expressa bem os traumas sofridos pela
biografada, especialmente seus relacionamentos com dois homens.
Narrado
linearmente o trabalho do diretor mostra-se capaz de expor o talento da “pimentinha”
que deixou marcas profundas na mpb de um tempo. O filme já existe em dvd e
bluray e hoje se pode fazer uma coleção de obras cinematográficas que tratem de
figuras da musica popular brasileira(só a abordagem em Noel Rosa é que ficou
muito ruim).
Exibido
com sucesso nas salas comerciais de Belém, “Elis” vai agora ficar um mês em
cartaz (só aos domingos) no Cine Estação. O problema é que foi muito visto. Não
deve dar publico. E a meta agora de quem está programando o cinema da sala
Maria Sylvia Nunes é mostrar títulos nacionais atrativos. Acabou o espirito de “sala
de arte”. Uma pena.
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